sábado, 14 de novembro de 2009

Brasil promete cortar até 38,9% das emissões de gases até 2020

poluicaoatmosferica01 SÃO PAULO (Reuters) - O governo assumiu o compromisso de reduzir de 36,1 por cento a 38,9 por cento suas emissões de gases causadores do efeito estufa estimadas para 2020, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a jornalistas em São Paulo nesta sexta-feira.

Segundo a ministra, essa é a faixa com que o país vai trabalhar com base em "ações voluntárias". Dilma disse ainda que foi levado em conta um crescimento do PIB de 4 por cento a 6 por cento ao ano até 2020.

"Nosso objetivo com isso é assumir uma posição política nesse caso, mostrando que o Brasil tem compromissos com o desenvolvimento sustentável", afirmou Dilma.

O Brasil pretende desempenhar papel-chave na cúpula mundial sobre o clima, marcada para o mês que vem em Copenhague, capital da Dinamarca e, com essa oferta de redução, pretende convencer os países ricos a anunciarem metas próprias.

Anteriormente, o governo já havia anunciado o compromisso de reduzir em 80 por cento o desmatamento da Amazônia até 2020, o que representa um corte de 20 por cento nas emissões dos gases-estufa. Segundo o Ministério do Meio Ambiente significa corte de cerca de 580 milhões de toneladas de CO2.

As negociações na capital dinamarquesa têm o objetivo de chegar a um acordo que suceda o Protocolo de Kyoto, de 1997, para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, apontados como responsáveis pelo aquecimento global.

Entre os principais entraves para um acordo estão divergências sobre como dividir os esforços de redução de emissões entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e de onde sairão bilhões de dólares em recursos apara ajudar os países pobres a fazerem frente às mudanças no clima.

(Reportagem de Carmen Munari)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Ecoturismo

O guia do viajante verde

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Antes de sair, lembre-se de desligar o gás, a água e os aparelhos eletrônicos da tomada. Ar condicionado e aquecedor também devem ser desligados. Cancele o recebimento de jornais e revistas ou faça uma doação e desvie a entrega para uma escola ou biblioteca enquanto estiver fora. Finalmente, lembre-se de emitir seu bilhete ou passagem eletronicamente, sempre que possível.

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Quanto mais perto o destino, melhor! Se puder optar, viaje de trem ou ônibus - o impacto é menor do que o do avião ou de carro. Se for de carro, aumente a eficiência: calibre os pneus e faça uma revisão antes de pegar a estrada. Uma vez no seu destino, caminhe, use o transporte público, abuse da van do hotel, divida o táxi, alugue uma bicicleta... assim você conhece muito melhor o lugar e a paisagem! Se for mesmo alugar um veículo, opte por um modelo híbrido e econômico.

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Mantenha os mesmos bons hábitos verdes que você já tem em casa: economize água ao tomar banho e escovar os dentes; desligue o ar condicionado, a luz e os aparelhos eletrônicos ao deixar o quarto; reuse toalhas e lençóis; leve seus próprios produtos de higiene em vez de usar os descartáveis - se usar os do hotel, leve o que sobrar para continuar aproveitando em casa; separe o lixo para reciclar e jogue-o nos recipientes apropriados.

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Na hora de fazer turismo, lembre-se da velha máxima: leve somente fotografias e não deixe nada além de pegadas. Faça excursões apenas com operadoras que são ambientalmente responsáveis, e com poucas pessoas: quanto menor o grupo, menor o impacto. Dê preferência aos guias locais. Ao fazer trilhas, nunca saia do caminho demarcado e não incomode os animais que encontrar - nem pense em alimentá-los! Deposito o lixo no lugar apropriado ou leve-o de volta com você. Só acenda fogueiras em locais permitidos e lembre-se de se certificar de que o fogo foi totalmente extinto antes de levantar acampamento. Quem gosta de mergulho deve se lembrar que corais são estruturas frágeis, que não devem ser tocadas. Compre lembrancinhas, alimentos e suprimentos locais, em lojas da comunidade, sempre que possível. Rejeite souvenirs que utilizarem produtos de origem animal ou plantas da fauna e flora locais. Trate os nativos com respeito.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

País terá redução de emissões de CO2 ao redor de 40%, diz Dilma

SÃO PAULO (Reuters) - Pela primeira vez o governo brasileiro admitiu se comprometer com uma redução em torno de 40 por cento nas emissões dos gases causadores do efeito estufa até 2020. O compromisso que será anunciado no próximo sábado vai ser levado pelo país à conferência mundial de mudanças climáticas, em dezembro.

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), que chefiará a delegação brasileira em Copenhague, na Dinamarca, evitou, no entanto, utilizar o tema "meta" para a posição do país. Segundo ela, a decisão ainda precisa de uma justificativa técnica.

"Nós não achamos que pode reduzir 40 por cento. Temos que provar que pode. Talvez seja 38, 42 por cento", disse a ministra a jornalistas, sinalizando que o governo vai se decidir por um percentual.

Dilma esclareceu que a estimativa de corte nas emissões de CO2 leva em consideração um crescimento econômico de 5 ou 6 por cento.

Já está acertado que o país vai reduzir o desmatamento em 80 por cento, o que contribuirá para uma diminuição de 20 por cento nas emissões dos gases. A ministra insistiu que os países desenvolvidos deverão ser pressionados a cumprir metas rígidas.

"A postura do Brasil é de que os países em desenvolvimento assumam uma posição forte", disse ela, explicando que eles devem contribuir para uma redução de 2 graus na temperatura global.

O clima foi discutido nesta segunda-feira pelo Fórum de Mudanças Climáticas, que reuniu seis ministros, três governadores de estado, além de ambientalistas e sindicalistas.

O secretário-executivo do fórum, Luiz Pinguelli Rosa, resumiu o tom do encontro ao afirmar que "ninguém desmaiou com os 40 por cento, antes desmaiava".

Segundo ele, durante esta semana, os integrantes do grupo vão produzir um estudo técnico que sustente a posição brasileira.

A conferência mundial, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) na capital dinamarquesa, acontecerá entre 7 e 18 de dezembro. Pelo menos 190 países negociarão um novo acordo, que substituirá o Protocolo de Kyoto, de 1997, para enfrentar o aquecimento global.

Entre as principais divergências estão as metas de redução das emissões de gases do efeito estufa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento e como levantar bilhões de dólares para ajudar os países pobres a lidar com o impacto do aquecimento global.

(Reportagem de Carmen Munari)

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

País ameaçado de ser inundado critica países ricos

image O presidente das Maldivas, país localizado no Oceano Índico e que teme ser inundado por causa do contínuo aumento do nível do mar, criticou os países ricos por fazerem pouco para frear as mudanças climáticas.

Mohamed Nasheed afirmou que o dinheiro que está sendo oferecido os países mais vulneráveis é como "chegar a um local em que houve um terremoto com uma pá de lixo e uma vassourinha".

As declarações críticas foram feitas durante uma reunião de dois dias entre os países que correm mais riscos devido ao aquecimento global, realizada na ilha de Bandos, nas Maldivas.

As críticas abertas aos países membros do G8 vieram do líder de um país com localização tão baixa que um aumento no nível do mar ameaça submergir a maior parte de seu território até 2100.

As Maldivas estão a apenas cerca de 2.1 metros acima do nível do mar. O governo do país afirma que as ilhas poderão enfrentar um desastre caso o nível do mar aumente.

O presidente Nasheed afirmou que os países ricos prometeram evitar que a temperatura mundial aumente em 2ºC, mas não se comprometeram com os objetivos firmados para alcançar este índice.

Derretimento

Mesmo com o aumento de apenas 2ºC na temperatura, o presidente Nasheed afirma que "perderíamos os recifes de coral... a Groenlândia derreteria, e... meu país estaria no corredor da morte".

"Não posso aceitar isto", acrescentou.

Mohamed Nasheed afirmou no início do ano que seu país vai neutralizar as emissões de carbono dentro de dez anos com o uso de fontes de energia completamente renováveis como a solar e a eólica. As Maldivas querem que os países que participam desta reunião sigam seu exemplo.

A reunião nas Maldivas contou com a participação de cerca de dez países vulneráveis às mudanças climáticas de várias maneiras - países africanos ameaçados pela desertificação, países montanhosos cujas geleiras estão derretendo, grandes países asiáticos afetados por enchentes e tufões e outras pequenas ilhas com ameaças semelhantes às que as Maldivas enfrentam.

O presidente afirmou ainda que este bloco de países em desenvolvimento poderá mudar o resultado da próxima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) em Copenhague, na Dinamarca, tornando moralmente difícil para que os países ricos não tomem providências.

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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O grande espetáculo das águas

Por: Viaje Mais
Há lugares que merecem ser visitados pelo menos uma vez na vida. As cataratas de Foz do Iguaçu são um deles. Lá acontece o maior espetáculo das águas, no ponto em que Rio Iguaçu, o maior do Paraná, despenca vertiginoso sobre um grande cânion na fronteira com a Argentina. Foz do Iguaçu não é uma queda d’água, são 270 que, juntas, formam uma das dez maravilhas do mundo.
Iguaçu, em tupi-guarani, quer dizer “Água Grande”. Foram os índios cainganges que deram esse definitivo nome às cataratas que assustaram o navegador espanhol Nuñez Cabeza de Vaca em 1542. O espanhol navegava pelo Rio Iguaçu para explorar as terras recém-descobertas e quase desabou queda abaixo. Não demorou para que ele espalhasse a notícia do que havia sido encontrado naqueles confins. O navegador fez o seguinte registro em uma carta ao rei da Espanha: “O rio dá uns saltos por uns penhascos enormes e a água golpeia a terra com tanta força que de muito longe se ouve o ruído”.
Parque Nacional de Foz do Iguaçu
Ainda hoje boa parte dos visitantes se espanta com o som das cataratas, dentro dos limites do Parque Nacional de Iguaçu. Os turistas vêm do mundo todo para conhecer as quedas, entre eles, muitas celebridades, como o primeiro ministro inglês Tony Blair e o ex-presidente americano Bill Clinton.
Clinton visitou as cataratas em 2001 e deixou escrito no livro de visitas do Hotel Tropical das Cataratas, onde ficou hospedado: “ninguém pode saber como é sem vir aqui e ver. É inacreditável, é maravilhoso”.
O Parque Nacional de Foz do Iguaçu recebe 1 milhão de visitantes a cada ano. É um parque moderno, seguro e com ótima infra-estrutura. São 2 Km de passarelas com vários mirantes que deixam os turistas frente a frente  para o espetáculo. Há restaurantes, lojas de souvenirs, passeios em barco inflável e vôos panorâmicos de helicóptero.
Cataratas de Foz do Iguaçu
A melhor opção para conhecer Foz do Iguaçu é comprar um pacote, que sai mais barato do que ir por conta própria. As agências trabalham com programas de três ou quatro dias com passagens aéreas e hospedagem. Além disso, os traslados e passeios estão incluídos, o que é uma grande vantagem pois a entrada do parque fica a 21 km do centro da cidade. O acesso é feito pela Rodovia das Cataratas, onde estão concentrados muitos hotéis e resorts.
No caso de ir sem pacote, há duas opções para chegar ao parque: de táxi ou nos passeios organizados pelas agências locais. Só de ida, o táxi cobrará uns R$ 40,00, mas você poderá estipular os seus horários e ter mais comodidade. Já os passeios têm a vantagem de incluir não só o transporte em vans, mas também o ingresso para o parque e o almoço. Custam, em média, R$ 200,00 para um casal.
Na portaria do parque todos os visitantes embarcam em um ônibus de dois andares que leva o grupo até o começo das passarelas. Ao descer do ônibus já dá para ouvir o ronco da cachoeira. São 15 minutos de caminhada até chegar ao mirante que dá vista, com direito a arco-íris, para a Garganta do Diabo, o vértice do cânion onde as águas atingem a maior vazão. Impossível não se molhar.
O conjunto de passarelas termina ao lado de um mirante metálico construído ao pé da cachoeira Floriano, a maior do lado brasileiro. Dois elevadores dão acesso ao deque superior, de onde se têm uma vista panorâmica das quedas. Ali perto, às margens do rio, fica o restaurante Porto Canoas, que serve um ótimo buffet, com boa variedade de saladas e pratos quentes.
Também é possível visitar as cataratas pelo lado argentino, já que nossos hermanos também criaram seu parque nacional. Vale a pena reservar um dia para ver as quedas de outros ângulos, até porque os argentinos fizeram um mirante colado à Garganta do Diabo. Os passeios aos dois parques são complementares e reservam emoções diferentes. O acesso ao parque argentino fica no município de Puerto Iguazú, a 15 km do centro de Foz.
Cataratas de Foz do Iguaçu
Os Passeios
O Macuco Safári é o passeio mais emocionante da região. Ele leva os turistas de bote bimotor até quase debaixo das cataratas. A aventura começa em um percurso em veículo elétrico pelo meio da mata com o guia dando explicações sobre fauna e flora.Três quilômetros adiante começa uma trilha curta que passa pela cachoeira do Macuco até chegar ao ponto de saída dos botes.
A primeira instrução antes de embarcar é embrulhar as máquinas fotográficas em um saco plástico. O passeio de bote dura cerca de 15 minutos com o piloto fazendo manobras bem perto das quedas. A chuveirada é ótima – ainda mais no verão, que lá é quente e abafado. Você volta encharcado, mas louco para repetir a dose de adrenalina.
Outro passeio interessante, mas com preço em dólar, é o sobrevôo das cataratas em helicóptero. Outro passeio interessante, mas com preço em dólar, é o sobrevoo das cataratas em helicóptero. Há passeios rápidos de apenas dez minutos, que custa US$ 60 por pessoa, e outros mais longos de 35 minutos, de US$ 180, que inclui também o voo sobre a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A Usina de Itaipu, aliás, virou atração turística em Foz do Iguaçu, especialmente às sextas e sábados à noite, quando é acesa a monumental iluminação da hidrelétrica. Mas esse é um passeio opcional. Mesmo com tantas atrações, Foz é um lugar fácil de ser conhecido em apenas três ou quatro dias. Não é à toa que as agências trabalham os pacotes com esse período de estadia. Em quatro dias ainda sobra tempo para atravessar a Ponte da Amizade e fazer umas comprinhas em Ciudad del Leste, no Paraguai. Mas outra recordação que deve constar no seu álbum de fotos é a visita ao divertido Parque das Aves, que fica na Rodovia das Cataratas. Ali, pássaros do mundo inteiro são criados soltos em grandes viveiros. Você pode andar entre eles e curtir a oportunidade de fazer cafuné no tucano ou pegar uma arara no ombro.
Para comer bem e se divertir em Foz do Iguaçu
Cataratas de Foz do Iguaçu
Foz é uma cidade bem grandinha – com uns 250 mil habitantes – e tem algumas boas opções de barzinhos e restaurantes. O centro do agito fica na Avenida Jorge Schimmelpfeng, mas para pedir informações diga só Avenida Jorge que todo mundo já entende. Para tomar um chope e fazer uma refeição sem gastar demais, vá ao Capitão Bar. É famoso na casa o drinque El Matador, que vem com tequila, licor de café e show incluído: os garçons se vestem de mexicanos e fazem a maior bagunça.
Já na animada Churrascaria Rafain (Avenida das Cataratas 1749), você pode aproveitar o buffet, enquanto assiste a um show de música e danças latino-americanas. Mas para um jantar romântico, a melhor opção é o restaurante Cusine du Chef (Rua Almirante Barroso, 2.006), que fica no último andar do Hotel Internacional. Com ambiente requintado e vista panorâmica para a cidade, o restaurante serve ótimas carnes flambadas, como o fillet mignon com molho de pimenta verde.
Quando Ir
É possível visitar as cataratas o ano inteiro, mas no verão as quedas são mais volumosas e a temperatura pode chegar até 40ºC. No outono e na primavera as temperaturas são mais amenas – entre 20ºC e 25ºC. No inverno, o frio pode chegar a até 7ºC.
Vejas fotos de Foz do Iguaçu

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Grupo diz que 17 mil espécies correm risco de extinção

Um raro sapo do Panamá, um roedor de Madagáscar e dois lagartos encontrados apenas nas Filipinas estão entre as mais de 17 mil espécies ameaçadas de extinção no mundo, afirmou hoje a União Internacional para a Conservação da Natureza, um grupo ambientalista. A entidade, sediada na Suíça, pesquisou 47.677 animais e plantas para sua "Lista Vermelha" deste ano. Há, de acordo com o grupo, 17.297 espécies em risco de extinção.

Mais de um quinto de todos os mamíferos, mais de um quarto dos répteis e 70% das plantas estão ameaçados, segundo a pesquisa. O sapo Rabb, descoberto há apenas quatro anos, é uma das 1.895 espécies de anfíbio que poderiam desaparecer em breve, pelo desflorestamento e por doenças. O tigre também entra na lista, já que só existem 3.200 desses animais na natureza, e o hábitat deles na Ásia diminui em razão do avanço do homens sobre as terras onde eles vivem.

A relação divulgada pela União Internacional para a Conservação da Natureza ajuda governos e organismos internacionais a decidirem quais espécies precisam de proteção legal.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Anfíbios são os mais ameaçados de extinção, diz ONG

Sapo Garimpeiro

Os anfíbios formam o grupo mais ameaçado de extinção, segundo um relatório de biodiversidade da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN, na sigla em inglês), divulgado nesta ter ça-feira.

A ONG analisou 47,6 mil espécies que integram a Lista Vermelha da organização e afirmou que quase 18 mil correm sério risco de extinção - entre eles 21% de mamíferos, 30% de anfíbios, 12% dos pássaros, 28% dos répteis e 37% dos peixes.

Entre os anfíbios, das 6,2 mil espécies que integram a lista, cerca de 1,9 mil estariam em perigo de extinção. Destes, 39 já estariam extintos ou extintos no habitat natural e quase 500 estariam "seriamente ameaçados".

"A prova científica de uma crise séria de extinção está se acumulando", disse Jane Smart, diretora da IUCN.

Segundo ela, a análise recente mostra que a meta de biodiversidade para 2010 não será cumprida.

Lista

A Lista Vermelha é considerada a avaliação mais conceituada e séria sobre o estado das espécies que habitam o planeta.

Além dos anfíbios, apontados neste ano como o grupo mais ameaçado, o documento sugere ainda que entre os mamíferos, a situação também é preocupante.

Do cerca de 5,5 mil mamíferos presentes na Lista, 79 estariam extintos ou extintos no habitat natural e 188 estariam "seriamente ameaçados".

Entre os répteis, dos 1,6 animais listados, 22 já estão extintos e cerca de 460 estariam ameaçados.

"Já chegou a hora dos governos começarem a agir com seriedade para salvar as espécies e garantir que isso estará no topo das prioridades porque estamos ficando sem tempo", disse Smart.

"Na nossa vida, nós mudamos de nos preocuparmos com um número relativamente pequeno de espécies seriamente ameaças para o colapso de ecossistemas inteiros", disse Jonathan Baillie, diretor dos programas de conservação da Zoological Society, de Londres.

"Em que ponto a sociedade vai realmente responder a essa crise crescente?", disse.

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segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cientistas provocam queda de neve em Pequim

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Meteorologistas chineses provocaram uma nevasca sobre a cidade de Pequim após borrifar nuvens com iodeto de prata para combater os efeitos de uma seca.

O ministério para a Modificação do Tempo borrifou as nuvens com 186 doses da substância química para fazer chover sobre as plantações de trigo, disse o jornal Beijing Evening News.

Mas uma frente fria provocou uma forte nevasca, atrapalhando o tráfego nas estradas, ferrovias e vias aéreas.

Fazia dez anos que a neve não chegava tão cedo à capital chinesa.

Borrifar nuvens com químicos para provocar chuvas é um recurso usado com frequência na China.

Secas são comuns no norte do país, enquanto a região sul tende a sofrer com inundações frequentes.

Na província de Anhui, que enfrentava uma seca desde setembro, houve 4 cm de chuva no fim de semana.

Grande parte da agricultura do país ainda depende da chuva, já que há poucos sistemas de irrigação.

Em fevereiro, as autoridades provocaram nevascas artificiais sobre Pequim para tentar aliviar a seca.

Além de borrifar nuvens com agentes químicos, o governo chinês está construindo uma imensa rede de túneis e hidrovias que vai transportar água do sul para o norte, mas o projeto só deverá ser completado dentro de cinco anos.

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Tigres do mundo correm risco de extinção em breve, dizem especialistas

Por Gopal Sharma

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KATMANDU (Reuters) - Os tigres que vivem livres na natureza podem se extinguir em todo o mundo dentro de duas décadas, a não ser que sejam intensificados os esforços de conservação para frear o declínio de sua população, disseram especialistas em vida selvagem nesta quarta-feira.

Estima-se que hoje existam apenas 3.500 tigres vivendo livres em 12 países asiáticos e na Rússia, contra cerca de 100 mil há um século, disseram especialistas e conservacionistas.

Os tigres vêm sendo caçados ilegalmente para a extração de partes de seus corpos, e a Ásia está ao centro de um comércio ilegal de animais selvagens que a organização policial internacional Interpol estima possa movimentar mais de 20 bilhões de dólares por ano.

As peles dos tigres são vendidas no mercado negro para servir de tapetes ou capas. Em países como a China, uma pele de tigre pode valer até 20 mil dólares no mercado negro.

De acordo com conservacionistas, outros perigos enfrentados pelo chamado "patrimônio asiático" que é o tigre são a destruição de seus habitats e a redução da base de presas das quais eles se alimentam.

"Se a conservação dos tigres continuar sendo tratada como vem sendo até agora, a população de tigres estará fadada à extinção nos próximos 15 a 20 anos", disse à Reuters o diretor de programas do Fundo Salvar os Tigres, de Washington, Mahendra Shrestha, falando durante uma conferência sobre a conservação de tigres.

Shrestha disse que uma ação policial, patrulhas para combater a caça ilegal e a preservação dos habitats ainda remanescentes podem melhorar a situação.

"Existe esperança. Podemos fazer isto. Não se trata de ciência de vanguarda. Não é algo que exija muitas novas atividades", disse Shrestha.

"Mas é preciso uma vontade política forte de conservar os tigres, e também apoio internacional forte para as atividades dos países em que vivem tigres."

Ainda há tigres vivendo em liberdade em Bangladesh, Butão, Camboja, China, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Nepal, Rússia, Tailândia e Vietnã.

John Seidensticker, cientista chefe do Centro de Ecologia da Conservação do Zoológico Nacional Smithsonian, disse que o habitat dos tigres foi reduzido em 40 por cento na última década, devido à destruição das florestas.

"Nosso desafio é fazer as paisagens com tigres vivos valer mais que aquelas em que os tigres foram mortos", disse Seidensticker. "Acho que temos uma década para evitarmos a morte dos tigres."