segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Foto do dia ^^

3EA8D0BDA7322CA972A35A9A9D4342 O fotógrafo Jimmy Hoffman, 50 anos, especializado em retratar a vida selvagem, fez uma série de imagens de louva-a-deus, perto de sua casa em Costa Brava, na Espanha.

Dados preliminares indicam queda recorde de desmatamento na Amazônia

Dados preliminares indicam queda recorde de desmatamento na Amazônia

"Desmatamento na Amazônia"

O governo brasileiro trabalha com a indicação de que o desmatamento na Amazônia, no período 2009/2010, será o menor da série histórica, iniciada em 1977 - superando inclusive o resultado recorde verificado no período anterior (2008/2009).

O número oficial ainda está sendo processado pelo Prodes, sistema ligado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e será divulgado em novembro. Mas o Ministério do Meio Ambiente já considera "viável" esperar algo entre 5.000 km2 e 6.000 km2 de área desmatada no período.

"É claro que temos de ser cautelosos, pois o resultado pode ser afetado por uma série de fatores. Mas pelos nossos cálculos, dá para falar de algo em torno de 5.000 a 6.000 km2", disse à BBC Brasil a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Se o número for confirmado, o país terá antecipado, para este ano, a meta de desmatamento prevista para 2015, de acordo com Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Pelas metas, o desmatamento na Amazônia Legal terá de cair para 5.000 km2 até 2017.

O Brasil já havia registrado queda recorde no desmatamento no período de 2008/2009, quando as derrubadas somaram 7.400 mil km2.

Fiscalização

A estimativa de novo recorde foi feita com base nos dados do Deter, levantamento via satélite também ligado ao Inpe, que fornece dados de forma mais rápida, mas menos precisos que os do Prodes.

De acordo o Deter, que não "enxerga" áreas desmatadas com menos de 25 hectares, o desmatamento na região amazônica chegou a 2.294 km2 entre agosto de 2009 e julho de 2010 - uma redução de 48% em relação ao período anterior.

"O sistema do Deter nos permite ter uma ideia do que virá no Prodes, apesar de não haver uma relação direta. E também estamos considerando o fato de que a cobertura de nuvens foi menor no ano passado. Ou seja, podemos ter uma expectativa mais precisa", diz a ministra.

Segundo ela, os números indicam que a estratégia de fiscalização "funcionou". Uma das explicações está no uso de novas tecnologias que permitem detectar um maior número de áreas desmatadas, diz.

Mas a principal razão da queda, na avaliação de Izabella Teixeira, está na ideia de uma fiscalização maior sobre toda a cadeia produtiva.

"A ideia disso é fazer não apenas uma fiscalização dirigida ao desmatador, mas também ao fornecedor e à destinação. Fomos atrás não apenas do desmatador, mas também de quem processa. Assim, aquele que quer comprar começa a sair do jogo", diz.

Crítica

Já o coordenador de campanhas do Greenpeace na Amazônia, Rafael Cruz, diz que existe uma tendência de redução do ritmo de desmatamento, mas que esse resultado exige uma análise "mais crítica".

"Existe, sim, uma tendência de queda na taxa de desmatamento. Mas isso não quer dizer que o governo esteja no controle dessa tendência", diz.

Segundo o especialista do Greenpeace, os principais motivos por trás das reduções de desmatamento, geral, são "motivos de mercado", como a produção de carne e de soja.

"Os termos de conduta assinados pelos frigoríficos no ano passado (se comprometendo a não comprar carne de fornecedores que estejam na "lista negra" do Ibama), são exemplo de que a solução acaba vindo do mercado", diz Cruz.

Para ele, o governo "não tem governança para a Amazônia". A consequência é que acaba dependendo apenas da fiscalização, que apesar de ser um trabalho necessário, "não é uma solução estruturante".

Cruz também chama atenção para o número absoluto, e não apenas à taxa de redução do desmatamento.

"Ainda que a gente chegue a 5.000 km2 de desmatamento, essa é uma área equivalente à do Distrito Federal. Será que é motivo para comemoração?", questiona.

Cerrado

Enquanto o governo comemora a redução do ritmo de desmatamento na Amazônia, outro bioma vem perdendo terreno em ritmo acelerado: segundo dados do IBGE, o Cerrado brasileiro encolheu pela metade até 2008, na comparação com sua área original.

A situação desse bioma, que é o segundo maior do país em extensão, está sendo agravada este ano em função do aumento do número de queimadas. Até o início de setembro, foram registrados 8.113 focos de queimada - número 386% acima do verificado em 2009.

A seca é uma das causas, mas ambientalistas também estão preocupados com o "oportunismo" de alguns, que aproveitam o clima desfavorável para "incentivar" as queimadas.

A ministra do Meio Ambiente diz que o governo reconhece o problema, mas acrescenta que o plano de ação para o Cerrado, lançado na semana passada, deverá "facilitar" o trabalho de proteção da região.

Entre as ações, que envolvem 15 ministérios, está a demarcação de 5,5 milhões de hectares de terras indígenas e a oferta de crédito rural para os produtores que aderirem a um programa de recuperação, o que pelos cálculos do governo pode chegar a 8 milhões de hectares.

"A idéia ali no Cerrado é unir a questão ambiental à agenda climática, considerando ainda o potencial econômico da região. Por exemplo: damos crédito e proibimos que o pequeno agricultor provoque novos desmatamentos", diz.

BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Doenças de países ricos podem sugar biotecnologia desenvolvida em países pobres

DEBORA MACKENZIE
DA NEW SCIENTIST

Um nova leva de empresas de biotecnologia em países em desenvolvimento surgiu para atender a uma necessidade mundial: drogas e vacinas acessíveis aos pobres. Há, porém, a ameaça de o mercado vir a forçá-las a produzir mais remédios para os ricos.

Cientistas britânicos apresentam esboço do genoma do trigo
Revista "Nature" cobra novo fôlego para biotecnologia feita no Brasil
Pressão por pesquisa aplicada estrangula a ciência, diz Nobel

Os pesquisadores Rahim Rezaie e Peter Singer, ambos da Universidade de Toronto, no Canadá, estudaram 78 pequenas e inovadoras companhias de biotecnologia da Índia, China, Brasil e África do Sul. Todas possuem 69 drogas e vacinas disponíveis no mercado, e há outras 54 na fila, para tratar problemas locais como a tuberculose e as doenças tropicais.

Divulgação

Bacilo de Koch, que causa a tuberculose

Bacilo de Koch, que causa a tuberculose

Estas enfermidades têm sido negligenciadas pelas fabricantes farmacêuticas da Europa e da América do Norte porque a maioria dos doentes não pode pagar o tratamento, o que torna os remédios economicamente não tão atraentes.

Drogas e vacinas são caras para serem testadas e levadas para o mercado, e as pequenas indústrias estão formando parcerias com as grandes para viabilizar o processo. Como resultado, os dois pesquisadores alertam, elas podem mudar a produção para produtos que combatam doenças de países ricos.

Rezaie cita uma empresa da Índia que trabalha com uma dinamarquesa no tratamento de diabetes e outra da China que é parceira de norte-americanas na pesquisa de doenças relacionadas à inflamação intestinal. As duas doenças são típicas do Ocidente.

SAÚDE E BEM-ESTAR

A fabricante Shantha Biotechnics, da cidade de Hyderabad, na Índia, por sua vez, tornou a vacina de hepatite B possível para milhões de indianos ao usar bactérias equipadas com genes virais na produção da droga, reduzindo significativamente o seu custo. No ano passado, contudo, a companhia foi adquirida pela Sanofi-Aventis, com base em Paris, na França, e há o receio de que o foco de ação possa ser alterado.

"Estas companhias não precisam escolher entre a saúde mundial ou o bem-estar mundial", diz Singer. "Há coisas que podem ser feitas agora para tornar mais fácil o lucro e também atender as necessidades locais."

Para ele, isso inclui a disponibilidade de dinheiro pelo governo ou por entidades filantrópicas --para seduzir os países ricos a focar em doenças de regiões pobres -- e permissão das farmacêuticas para que pesquisadores independentes utilizem patentes no desenvolvimento de drogas que combatam doenças negligenciadas, em troca do pagamento em royalties.

"Essas companhias [pequenas da biotecnologia] são como um veio de ouro que poderia ser aproveitado em favor da saúde mundial", diz Singer.

Imagem do dia

100916_f_026 Peixes modificados geneticamente brilham sob luz negra em uma fazenda de peixes em Pingtung, Taiwan, nesta quinta-feira (16). Os peixes fluorescentes devem ser vendidos por 30 dólares após certificação

Terapia genética tem primeiro êxito contra anemia hereditária

DA FRANCE PRESSE

Uma terapia genética se mostrou bem-sucedida pela primeira vez para o tratamento da talassemia, uma anemia hereditária, indicou nesta quarta-feira a equipe de médicos e pesquisadores que a desenvolveram.

Corte dos EUA suspende proibição de pesquisas com células-tronco

"Foi a primeira vez no mundo", declarou à AFP Philippe Leboulch, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM) e do Comissariado de Energia Atômica (CEA), ambos franceses, diretor científico do estudo, cujos resultados serão publicados pela revista britânica "Nature".

"Trata-se de um grande progresso, mas será preciso usá-lo com outros pacientes para ver se o êxito se confirma", disse Marina Carazzana-Calvo, do hospital Necker, em Paris.

"O paciente, que tem hoje 21 anos, iniciou o tratamento há três anos e passou a não precisar mais de transfusões sanguíneas há dois anos", explicou Leboulch.

"O jovem encontrou um emprego estável como cozinheiro em um restaurante parisiense", contou Leboulch, advertindo, no entanto, que a evolução de seu quadro precisa ser analisada com "cautela".

Cerca de 200.000 pessoas nascem por ano com algum tipo de talassemia.

CÉLULAS-TRONCO

A terapia aplicada no estudo se baseou na extração de células-tronco da médula óssea do paciente que, depois de serem "corrigidas" em um laboratório, foram novamente injetadas no jovem.

"O paciente permaneceu um mês no hospital", indicou a professora Eliane Gluckman, principal coordenadora do teste clínico.

Para ela, trata-se de "um enorme progresso", que permitirá curar "pacientes que não podem fazer transplante de medula por não ter irmãos para fazer a doação".

Para conseguir transferir o volumoso gene corretor para as células, os pesquisadores utilizaram um vetor viral derivado do HIV, depois de torná-lo inofensivo --como já havia sido feito em Paris para tratar duas crianças que tinham uma doença genética no cérebro.

O jovem francês de origem vietnamita e tailandesa que recebeu o tratamento sofre de um tipo de beta-talassemia muito comum no Sudeste Asiático e na costa oeste dos Estados Unidos.

Nos casos mais agudos da beta-talassemia, os pacientes sofrem com uma anemia intensa e só conseguem sobreviver se receberem transfusões sanguíneas e um tratamento para eliminar o ferro que se acumula no corpo em consequência das repetidas transfusões.

O teste realizado com este paciente será repetido em dez outras pessoas, segundo Leboulch, que também é fundador de uma sociedade que produz vetores virais e pretende levar sua pesquisa para a Tailândia.

Boeing anuncia viagens para turistas ao espaço a partir de 2015

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A companhia aérea Boeing vai vender viagens ao espaço a bordo do veículo CST-100 que está sendo desenvolvido pela Nasa (agência espacial norte-americana).

A aeronave terá capacidade para até sete lugares e voará na órbita mais baixa da Terra. Os primeiros voos devem ocorrer em 2015, na previsão da empresa, os passageiros podem ser escolhidos entre pessoas comuns, companhias, organizações não governamentais e agências federais dos Estados Unidos.

A Boeing não é a única empresa a anunciar uma aeronave comercial para passageiros. A Virgin Atlantic também tem um projeto semelhante em andamento. Serão seis veículos comerciais que poderão levar os viajantes até uma altitude suficiente para sentirem a gravidade zero e verem a curvatura da Terra contra o pano de fundo do espaço.

Atlantis acopla-se com sucesso a Estação Espacial Internacional
Em sua última missão, ônibus espacial Atlantis é lançado nos EUA
Astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin se opõem sobre Obama
Obama enfatiza cooperação para enviar mais astronautas

Reprodução

CST-100, da Boeing, está sendo construído pela Nasa e levará passageiros comuns em viagens ao espaço

CST-100, da Boeing, está sendo construído pela Nasa e levará passageiros comuns em viagens ao espaço

OITO VIAGENS

A Space Adventure, parceira da Boeing no projeto, fechou oito viagens à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que está sendo construída com os russos e os americanos à frente de um grupo formado por 16 países.

O preço para conhecer o espaço como turista ainda não foi estipulado. Para se ter uma ideia, o fundador do grupo canadense Cirque du Soleil, Guy Laliberte, pagou mais de US$ 35 milhões (cerca de R$ 60 milhões) para estar na tripulação de um voo russo. A decolagem foi no Casaquistão, no ano passado.

O programa de ônibus espaciais, que carregam astronautas ou suprimentos para a ISS, será encerrado em 2011 --a administração do presidente Barack Obama decidiu aposentar as aeronaves para ceder lugar a viagens que serão comerciais e realizadas por empresas terceirizadas.

Como há um contrato entre a Rússia e os Estados Unidos de enviar seis astronautas à Estação Espacial Internacional, os americanos vão pegar carona em voos russos. Para isso, terão de pagar US$ 51 milhões por cada assento ocupado.

Cientista alerta sobre superbactéria resistente a quase todos antibióticos

DA FRANCE PRESSE

A nova superbactéria, originária da Índia e que demonstra ser resistente a quase todos os antibióticos conhecidos, representa uma ameaça mundial, advertiram cientistas nesta semana.

França prepara exames para detectar superbactéria
Médicos alertam para superbactéria na Ásia resistente a antibióticos

"Temos a necessidade urgente de, em primeiro lugar, estabelecer um sistema de vigilância internacional nos próximos meses e, em segundo lugar, examinar todos os pacientes que derem entrada a qualquer sistema de saúde" em tantos países quanto for possível, disse Patrice Nordmann, do hospital Bicetre, da França.

"Por enquanto não sabemos quão rapidamente o fenômeno está se espalhando (...). Pode levar meses ou anos, mas o certo é que se espalhará", disse à AFP, destacando que já foram tomadas medidas na França e que outras estão em discussão no Japão, em Cingapura e na China.

"É um pouco como uma bomba relógio", explicou.

Nordmann participa da 50ª Conferência Intercientífica sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (Interscience conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy), que reúne 12.000 especialistas em doenças infecciosas em Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos).

O cientista, que é chefe do departamento de bacteriologia e virologia do hospital francês, disse que a bactéria encontrará terreno fértil na população de 1,3 bilhão de pessoas da Índia.

A "superbactéria", chamada NDM-1 (metalo-beta-lactamase 1 de Nova Délhi), e suas variações parecem ter se originado na Índia. Ela foi detectada pela primeira vez em 2007, na Grã-Bretanha.

A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, inclusive os carbapenemas, geralmente reservados às emergências e ao tratamento de infecções multirresistentes.

Clique aqui para ir ao site de onde foi tirada a reportagem

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cinco acessórios para adotar a bicicleta como meio de transporte

Com os equipamentos certos, você fica livre de desculpas para não pedalar

Por Andressa Basilio

O ciclista Leandro Valverdes não teve dúvidas. Há 10 anos, vendeu o carro e fez das duas rodas o seu principal meio de locomoção. "Além do baixo custo e dos benefícios ao meio ambiente, guiando uma bicicleta você sabe exatamente o tempo que vai levar para chegar aos lugares. Não pega trânsito, é ótimo. Sem falar na parte da diversão", conta o ciclista que faz parte da Ciclocidade, Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo.
Uma coisa é certa: quem vai de bike, só se atrasa se quiser. Em uma cidade como São Paulo, por exemplo, a velocidade média dos carros em horário de pico é de apenas 15 km/h, segundo o mais recente Relatório de Atividades Operacionais, da CET. "Um ciclista pedalando tranquilamente consegue fazer de 20 a 15 km/h sem suar a camisa", afirma Leandro. Por isso, dependendo da distância, pedalar pode ser uma ótima solução para chegar no horário naquele compromisso importante e ainda garantir o bem-estar da atividade física. E para colher estes benefícios basta pegar a estrada? Não é bem assim. 

bicicleta - foto: getty images

Provavelmente, quando você saiu para pedalar ralou o joelho, sua virilha ficou assada, suas costas ficaram doloridas e você ainda passou estresse com os carros ao seu redor. Culpa da bicicleta? Não. Culpa do seu despreparo. Quem quer fazer caminhada ou corrida precisa comprar pelo menos um bom tênis antes de ir para pista. Para os adeptos da bicicleta, a lógica é a mesma: existem alguns acessórios que você precisa ter antes de se jogar por aí com a "magrela".
Muitos equipamentos são necessários, para não dizer essenciais, já que, infelizmente, ainda o maior problema da adoção da bicicleta é justamente conviver com os carros nas ruas. "Os carros não gostam de compartilhar a rua. O comportamento ruim dos motoristas ainda é algo com o que temos que lidar", explica Leandro. Mas, é possível sim tornar o seu percurso de bicicleta muito mais agradável. Aqui vão alguns conselhos:

Saiba Mais

Mais vale um selim bom do que dois joelhos doendo

Para quem não conhece de nome, o selim é o assento da bicicleta. É ele que vai garantir que seu trajeto seja confortável para seu corpo. Às vezes, é necessário trocar o selim que já vem com a bicicleta por um outro que se adapte melhor ao seu formato de corpo, como explica Leandro. "Os selins não deveriam ser unissex, pois anatomicamente a estrutura óssea do quadril da mulher e do homem é diferente", acredita Leandro Valverdes. Como esse tipo de especificidade não é comum, o mais importante é a pessoa testá-lo antes da compra. "Experimentar é a melhor saída. Leve aquele em que você se sente mais confortável."
O ciclista ainda ressalta que a maioria das
lesões acontece porque as pessoas regulam a altura do selim de forma errada. Portanto, para além do conforto, está o uso correto do equipamento. "A altura ideal é aquela em que, quando o pedal está na parte mais baixa da bicicleta, a perna fica quase toda esticada", diz Leandro. Um sinal de que o selim está muito alto é quando a pessoa fica rebolando para se equilibrar na bike. E, quando ele está muito baixo, os joelhos ficam muito dobrados. 

capacete - foto: getty images

Quem põe capacete, seus riscos espanta!

O uso de capacete para ciclistas ainda não é obrigatório. No entanto, o bom senso é inquestionável: para aumentar a segurança , é indispensável o uso de um bom capacete. "O uso de joelheiras e cotoveleiras é dispensável para quem usa a bicicleta na cidade como meio de transporte, mas o capacete é recomendado para garantir a segurança de quem pedala", indica Leandro. E não tenha dó de gastar dinheiro com o acessório. Procure as marcas e materiais mais resistentes. 

Há luzes que vem para o bem

Os refletivos nas rodas e nos pedais são muito importantes para que os carros enxerguem quem está pedalando. Além disso, luzes na parte traseira e dianteira da bicicleta são complementos que ajudam o ciclista a ver e ser visto por todos. Se você é adepto das pedaladas noturnas, também é indicado o uso de um colete que contenha refletivos também. 

cadeado - foto: getty images

Com óculos e luva, ciclista anda bem na rua

Para quem vai pedalar na cidade, uma boa dica é comprar um par de óculos de lente transparente (semelhante aos usados por médicos quando vão operar) para proteger os olhos da poluição, poeira, vento e até objetos.
Já as luvas de borrachas, específicas para a prática de atividades físicas, são uma boa opção para proteger as mãos e dar mais aderência ao guidão. São muito recomendadas para as pessoas que suam demais nessa região. 

Bike bem presa não escapa

Ainda que você vá deixar sua bicicleta em algum estacionamento, o uso de travas, corrente e cadeado é muito recomendado. "Prefira travas grandes e de ferro, pois são mais difíceis de serem quebradas. Fique atento às boas marcas de correntes e cadeados. Não adianta nada gastar um bocado na bicicleta e economizar nos acessório de proteção dela", recomenda Leandro, que ainda aconselha não deixar a sua bicicleta muito chamativa: "Lembre-se que uma bike toda colorida e cheia de adesivos chama muito mais atenção." 

bagageiro - foto: getty images

Não é essencial, mas é bacana

Se você estiver se equipando com os acessórios acima, certamente suas pedaladas já estarão muito mais seguras e divertidas. Mas, se você estiver realmente engajado em usar a "magrela" na maior parte das suas locomoções na cidade, existem ainda alguns produtos que podem ser interessantes para deixar sua vida saudável de ciclista muito mais prática.
Um deles é o bagageiro. Vai levar o notebook para o trabalho? Sua mochila com cadernos e livros é pesada demais para suas costas? Sem problemas. Coloque tudo no bagageiro da bicicleta. Hoje em dia, há modelos variados. É só procurar o que melhor te agrada.

Se você mora em uma cidade, como São Paulo, onde o clima é imprevisível, é bom se equipar com uma boa capa de chuva e colocar paralamas nas rodas da bike. Outra boa dica é o uso de roupas leves e claras para pedalar. Se você tiver um lugar para trocar de roupa no seu trabalho, tenha sempre uma outra opção de vestimenta de tecido leve para pedalar. Ajudará na controle do suor. Além disso, as roupas claras refletem a luz e absorvem menos o calor.

bicicleta dobrável - foto: getty images

 

As dobráveis

Se a ideia é fazer uma parte do trajeto com bicicleta, e a outra, com outros meios de transporte, uma opção é apostar nas versões dobráveis da magrela. É simples: você pedala, pedala e, quando chega ao destino, é só ir dobrando, dobrando até que ela fica compacta e você pode carregá-la nas mãos sem maiores problemas. "Podem ser úteis quando combinadas, por exemplo, com metrô, ônibus ou trem. Para distâncias mais longas, pode ser complicado, pois as dobráveis têm as rodas menores", explica Leandro.