Há lugares que merecem ser visitados pelo menos uma vez na vida. As cataratas de Foz do Iguaçu são um deles. Lá acontece o maior espetáculo das águas, no ponto em que Rio Iguaçu, o maior do Paraná, despenca vertiginoso sobre um grande cânion na fronteira com a Argentina. Foz do Iguaçu não é uma queda d’água, são 270 que, juntas, formam uma das dez maravilhas do mundo.
Iguaçu, em tupi-guarani, quer dizer “Água Grande”. Foram os índios cainganges que deram esse definitivo nome às cataratas que assustaram o navegador espanhol Nuñez Cabeza de Vaca em 1542. O espanhol navegava pelo Rio Iguaçu para explorar as terras recém-descobertas e quase desabou queda abaixo. Não demorou para que ele espalhasse a notícia do que havia sido encontrado naqueles confins. O navegador fez o seguinte registro em uma carta ao rei da Espanha: “O rio dá uns saltos por uns penhascos enormes e a água golpeia a terra com tanta força que de muito longe se ouve o ruído”.
Clinton visitou as cataratas em 2001 e deixou escrito no livro de visitas do Hotel Tropical das Cataratas, onde ficou hospedado: “ninguém pode saber como é sem vir aqui e ver. É inacreditável, é maravilhoso”.
O Parque Nacional de Foz do Iguaçu recebe 1 milhão de visitantes a cada ano. É um parque moderno, seguro e com ótima infra-estrutura. São 2 Km de passarelas com vários mirantes que deixam os turistas frente a frente para o espetáculo. Há restaurantes, lojas de souvenirs, passeios em barco inflável e vôos panorâmicos de helicóptero.
No caso de ir sem pacote, há duas opções para chegar ao parque: de táxi ou nos passeios organizados pelas agências locais. Só de ida, o táxi cobrará uns R$ 40,00, mas você poderá estipular os seus horários e ter mais comodidade. Já os passeios têm a vantagem de incluir não só o transporte em vans, mas também o ingresso para o parque e o almoço. Custam, em média, R$ 200,00 para um casal.
Na portaria do parque todos os visitantes embarcam em um ônibus de dois andares que leva o grupo até o começo das passarelas. Ao descer do ônibus já dá para ouvir o ronco da cachoeira. São 15 minutos de caminhada até chegar ao mirante que dá vista, com direito a arco-íris, para a Garganta do Diabo, o vértice do cânion onde as águas atingem a maior vazão. Impossível não se molhar.
O conjunto de passarelas termina ao lado de um mirante metálico construído ao pé da cachoeira Floriano, a maior do lado brasileiro. Dois elevadores dão acesso ao deque superior, de onde se têm uma vista panorâmica das quedas. Ali perto, às margens do rio, fica o restaurante Porto Canoas, que serve um ótimo buffet, com boa variedade de saladas e pratos quentes.
Também é possível visitar as cataratas pelo lado argentino, já que nossos hermanos também criaram seu parque nacional. Vale a pena reservar um dia para ver as quedas de outros ângulos, até porque os argentinos fizeram um mirante colado à Garganta do Diabo. Os passeios aos dois parques são complementares e reservam emoções diferentes. O acesso ao parque argentino fica no município de Puerto Iguazú, a 15 km do centro de Foz.
O Macuco Safári é o passeio mais emocionante da região. Ele leva os turistas de bote bimotor até quase debaixo das cataratas. A aventura começa em um percurso em veículo elétrico pelo meio da mata com o guia dando explicações sobre fauna e flora.Três quilômetros adiante começa uma trilha curta que passa pela cachoeira do Macuco até chegar ao ponto de saída dos botes.
A primeira instrução antes de embarcar é embrulhar as máquinas fotográficas em um saco plástico. O passeio de bote dura cerca de 15 minutos com o piloto fazendo manobras bem perto das quedas. A chuveirada é ótima – ainda mais no verão, que lá é quente e abafado. Você volta encharcado, mas louco para repetir a dose de adrenalina.
Outro passeio interessante, mas com preço em dólar, é o sobrevôo das cataratas em helicóptero. Outro passeio interessante, mas com preço em dólar, é o sobrevoo das cataratas em helicóptero. Há passeios rápidos de apenas dez minutos, que custa US$ 60 por pessoa, e outros mais longos de 35 minutos, de US$ 180, que inclui também o voo sobre a Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A Usina de Itaipu, aliás, virou atração turística em Foz do Iguaçu, especialmente às sextas e sábados à noite, quando é acesa a monumental iluminação da hidrelétrica. Mas esse é um passeio opcional. Mesmo com tantas atrações, Foz é um lugar fácil de ser conhecido em apenas três ou quatro dias. Não é à toa que as agências trabalham os pacotes com esse período de estadia. Em quatro dias ainda sobra tempo para atravessar a Ponte da Amizade e fazer umas comprinhas em Ciudad del Leste, no Paraguai. Mas outra recordação que deve constar no seu álbum de fotos é a visita ao divertido Parque das Aves, que fica na Rodovia das Cataratas. Ali, pássaros do mundo inteiro são criados soltos em grandes viveiros. Você pode andar entre eles e curtir a oportunidade de fazer cafuné no tucano ou pegar uma arara no ombro.
Para comer bem e se divertir em Foz do Iguaçu
Já na animada Churrascaria Rafain (Avenida das Cataratas 1749), você pode aproveitar o buffet, enquanto assiste a um show de música e danças latino-americanas. Mas para um jantar romântico, a melhor opção é o restaurante Cusine du Chef (Rua Almirante Barroso, 2.006), que fica no último andar do Hotel Internacional. Com ambiente requintado e vista panorâmica para a cidade, o restaurante serve ótimas carnes flambadas, como o fillet mignon com molho de pimenta verde.
Quando Ir
É possível visitar as cataratas o ano inteiro, mas no verão as quedas são mais volumosas e a temperatura pode chegar até 40ºC. No outono e na primavera as temperaturas são mais amenas – entre 20ºC e 25ºC. No inverno, o frio pode chegar a até 7ºC.
Vejas fotos de Foz do Iguaçu
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