Com a chegada de novas máquinas para a previsão do tempo, o Brasil será um dos países de ponta na prevenção de desastres climáticos. Esta é a opinião de Marcelo Barbio Rosa, meteorologista do Centro de Prevenção do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
No entanto, o especialista alertou que, se as informações não forem enviadas com qualidade, a prevenção será falha. "Já temos condições técnicas no que se refere à parte computacional, vamos poder detalhar com maior precisão onde pode chover mais ou menos, como foi o caso das chuvas no Rio. Mas se não tivermos softwares adequados, será impossível. Obviamente que estamos falando de prevenção, não dá para saber com certeza", destacou o meteorologista, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Marcelo Barbio informou ainda que a informação do Inpe sobre chuvas e precipitações é passada para os órgãos da Defesa Civil de forma direta e que essa é a sua função. "Como ela chegará à população não está a cargo do Inpe", explicou.
Ele citou os Estados Unidos como exemplo a ser seguido pelo Brasil. "Lá, o país inteiro é coberto por radar, que é controlado por apenas um órgão, e isso facilita bastante. Aqui no Brasil, cada estado controla o seu radar e, em um momento de crise, fica difícil coordenar todo mundo", comparou.
O presidente do Serviço Geológico do Estado do Rio, do Departamento de Recursos Minerais, Flávio Erthal, considerou uma catástrofe o que ocorreu na Região Serrana do Rio. De acordo com ele, o Brasil carece de instrumentos para medir esse tipo de fenômeno.
"Não temos estações meteorológicas na região onde houve a chuva forte. Da mesma forma que temos que dar prioridade para o emprego e para o PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], temos que dar também para a questão dos desastres naturais", defendeu Erthal.
Com informações da Agência Brasil
Foto: Reprodução
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