Cientistas divulgaram nesta segunda-feira os resultados do primeiro Censo da Vida Marinha - um estudo iniciado há dez anos que permitiu a descoberta de seis mil novas espécies em potencial.
O projeto internacional, que está ajudando a avaliar como a atividade humana está afetando ecossistemas marinhos antes inexplorados, envolveu mais de 2,7 mil pesquisadores de 80 países, que passaram 9 mil dias em ao menos 540 expedições nos mares.
As pesquisas geraram 2,6 mil trabalhos científicos e a maior compilação existente no mundo sobre a vida nos oceanos.
O estudo "definiu pela primeira vez tanto o que era conhecido como o que era desconhecido e inexplorado nos oceanos", disse Ian Poiner, presidente do comitê do censo.
"Toda a vida na superfície depende da vida nos oceanos. A vida marinha fornece metade do nosso oxigênio, muito da nossa alimentação e o controle do clima."
O recenseamento, iniciado no ano 2000, custou US$ 650 milhões e envolveu mais de 670 instituições globais, para tentar responder às questões: O que viveu nos oceanos? O que vive nos oceanos? O que viverá nos oceanos?
Segundo os estudiosos, das 6 mil novas espécies em potencial descobertas, 1,2 mil já foram descritas formalmente.
Mesmo assim, os cientistas do censo dizem que ainda é impossível estimar, com precisão, o número de espécies marinhas existentes.
O censo descobriu novas espécies, como este minúsculo ser, da espécie 'Ceratonotus steiningeri', encontrado a 5,4 mil metros de profundidade na costa da África em 2006.
Esta lesma marinha, descoberta no Japão, seria o único exemplar encontrado de uma nova espécie.
Ccientistas trabalhando nos projetos publicaram mais de 2,6 mil trabalhos. A espécie 'Vigtorniella Sp.' foi descoberta em uma carcassa de baleia no fundo do oceano, no Japão.
A coleta de milhões de espécimes levou a identificação de mais de 6 mil novas espécies em potencial, entre elas esta água-viva, comum abaixo dos mil metros de profundidade no Ártico.
O censo ajuda a avaliar como a atividade humana afeta os oceanos. Esta água-viva, da espécie 'Crossota norvegica', foi descoberta no Ártico canadense.
A foto mostra uma imagem de microscópio de um exemplar da espécie 'Protoperidinium pellucidum' encontrado em Sidney, na Austrália.
Esta foto mostra um exemplar da espécie 'Halgerda terramtuentiss' coletado perto do Havaí.
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