Os blocos de madeira para fabricar os "bio-violinos" são armazenados em
condições especiais para garantir que os fungos façam sua parte por
inteiro.[Imagem: EMPA]
Imitação melhor que o original
Há poucos dias, engenheiros anunciaram a fabricação de clones do famoso violino Stradivarius.
Mas Francis Schwarze e seus colegas do instituto suíço EMPA fizeram mais do que isso: eles fizeram cópias melhores do que os originais.
Em um teste cego com um júri de músicos de renome internacional, o som de duas réplicas foi comparado com o som de um Stradivarius autêntico.
E os especialistas consideraram o som das réplicas superior ao do original famoso.
Violino biotecnológico
O que mais chamou a atenção para o feito foi a técnica utilizada para replicar o mais famoso violino do mundo, que não se baseou nem na arte, ou na tecnologia de fabricação, e nem na escolha da madeira.
Schwarze e seus colegas usaram a biotecnologia.
Os pesquisadores "trataram" a madeira com o fungo Physisporinus vitreus, um fungo branco associado com a decomposição de matéria orgânica.
O fungo atacou e destruiu algumas estruturas na madeira, criando um material com qualidades tonais insuperáveis - qualidades tão boas que colocaram o violino original na sombra.
O projeto foi desenvolvido em escala de laboratório, mas agora os cientistas estão trabalhando em sua padronização, de forma a criar uma rota biotecnológica que possa ser usada industrialmente para fabricar os violinos em grande escala.
Da métrica à psicologia
A padronização é importante para garantir que o tratamento fúngico da madeira produza uma qualidade tonal específica, produzindo "bio-violinos" com qualidade sistemática.
E este é um trabalho interdisciplinar, que está envolvendo vários laboratórios do EMPA.
Os pesquisadores estão medindo de forma sistemática a velocidade do som e a atenuação acústica das madeiras tratadas e não-tratadas com o fungo, de forma a estabelecer um padrão de qualidade.
Uma técnica de ultrassom está sendo adaptada para determinar em quais partes de um bloco de madeira o fungo está ativo, de forma a garantir que a madeira que irá compor cada violino tenha sofrido um "ataque completo".
Especialistas em medições ópticas estão usando suas técnicas para criar imagens que mostrem como o som se irradia dos diferentes tipos de madeira, assim como dos instrumentos prontos.
O passo final incluirá o trabalho de especialistas em psicoacústica, para tentar entender como os músicos e os ouvintes percebem a qualidade da música desses "violinos fúngicos".
Tudo valerá a pena se músicos e ouvintes puderam dispor, a preços módicos, de violinos com a qualidade dos Stradivarius ou Guarnerius.
Fonte: Inovação tecnologica
Há poucos dias, engenheiros anunciaram a fabricação de clones do famoso violino Stradivarius.
Mas Francis Schwarze e seus colegas do instituto suíço EMPA fizeram mais do que isso: eles fizeram cópias melhores do que os originais.
Em um teste cego com um júri de músicos de renome internacional, o som de duas réplicas foi comparado com o som de um Stradivarius autêntico.
E os especialistas consideraram o som das réplicas superior ao do original famoso.
Violino biotecnológico
O que mais chamou a atenção para o feito foi a técnica utilizada para replicar o mais famoso violino do mundo, que não se baseou nem na arte, ou na tecnologia de fabricação, e nem na escolha da madeira.
Schwarze e seus colegas usaram a biotecnologia.
Os pesquisadores "trataram" a madeira com o fungo Physisporinus vitreus, um fungo branco associado com a decomposição de matéria orgânica.
O fungo atacou e destruiu algumas estruturas na madeira, criando um material com qualidades tonais insuperáveis - qualidades tão boas que colocaram o violino original na sombra.
O projeto foi desenvolvido em escala de laboratório, mas agora os cientistas estão trabalhando em sua padronização, de forma a criar uma rota biotecnológica que possa ser usada industrialmente para fabricar os violinos em grande escala.
Da métrica à psicologia
A padronização é importante para garantir que o tratamento fúngico da madeira produza uma qualidade tonal específica, produzindo "bio-violinos" com qualidade sistemática.
E este é um trabalho interdisciplinar, que está envolvendo vários laboratórios do EMPA.
Os pesquisadores estão medindo de forma sistemática a velocidade do som e a atenuação acústica das madeiras tratadas e não-tratadas com o fungo, de forma a estabelecer um padrão de qualidade.
Uma técnica de ultrassom está sendo adaptada para determinar em quais partes de um bloco de madeira o fungo está ativo, de forma a garantir que a madeira que irá compor cada violino tenha sofrido um "ataque completo".
Especialistas em medições ópticas estão usando suas técnicas para criar imagens que mostrem como o som se irradia dos diferentes tipos de madeira, assim como dos instrumentos prontos.
O passo final incluirá o trabalho de especialistas em psicoacústica, para tentar entender como os músicos e os ouvintes percebem a qualidade da música desses "violinos fúngicos".
Tudo valerá a pena se músicos e ouvintes puderam dispor, a preços módicos, de violinos com a qualidade dos Stradivarius ou Guarnerius.
Fonte: Inovação tecnologica
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