Funcionários da petroleira britânica BP que trabalham na perfuração de um poço próximo ao poço danificado no Golfo do México estão se preparando para abandonar o local devido à aproximação de uma depressão tropical.
Existem chances entre 20% e 30% de ocorrência de ventos de 63 km/h ou mais na região onde está ocorrendo o vazamento, segundo o Centro Nacional para Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês), com sede em Miami.
Segundo o centro, a terceira depressão tropical registrada nesta época do ano poderá atingir a região do Golfo do México dentro dos próximos três dias.
Com isso, o trabalho de abertura de poços alternativos que permitiriam fechar o poço danificado permanentemente pode ser suspenso por até duas semanas.
Devido ao fato de os cargueiros estacionados no local do vazamento se movimentarem muito lentamente, o plano de evacuação da região já está sendo executado.
O funcionário do governo americano encarregado da limpeza do vazamento, o comandante da Guarda Costeira almirante Thad Allen, deve decidir junto com a BP se o poço deve permanecer fechado durante a tempestade ou abrir o poço e permitir que o petróleo volte a jorrar para o mar.
Alertas
A depressão tropical está na região das Bahamas, mas está se movendo a uma velocidade de mais de 24 km/h e pode se transformar em tempestade tropical. Os alertas de tempestade já foram implantados nas Bahamas e na maior parte da costa do Estado americano da Flórida.
Um voo de reconhecimento está sendo enviado para investigar a depressão. As chances de que os ventos que alcançarem o vazamento de petróleo possam atingir 93 km/h variam entre 5% e 10%.
No momento, o poço danificado está fechado por um dispositivo colocado na quinta-feira passada, que conteve o fluxo de petróleo para o mar pela primeira vez desde o início do vazamento, em abril.
A tampa no poço está passando por um teste de integridade para verificar se há pontos fracos no poço ou rupturas no chão, no fundo do mar.
O vazamento no Golfo do México começou em 20 de abril, quando a plataforma de petróleo Deepwater Horizon, operada pela BP, explodiu e afundou, matando 11 funcionários.
Desde então, a petroleira britânica tentou várias estratégias para conter o vazamento, localizado a uma profundidade de cerca de 1,5 mil metros, mas nenhuma conseguiu solucionar definitivamente o problema, considerado o pior desastre ambiental da história americana.
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