Um estudo realizado por um grupo de universidades norte-americanas revelou que exercícios físicos aeróbicos podem diminuir a perda de memória em idosos e prevenir o declínio cognitivo associado ao envelhecimento.
A pesquisa, divulgada pela revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), avaliou os cérebros de 60 adultos saudáveis com idades entre 55 e 80 antes, durante e após o período de um ano de exercícios.
Os resultados apontaram que a temporada de atividade foi capaz de aumentar o tamanho do hipocampo em adultos mais velhos, levando a uma melhoria na memória espacial. Estudos anteriores apontaram que o hipocampo diminui com a idade, o que afeta a memória e aumenta o risco de demência.
De acordo com os pesquisadores, o grupo que praticou apenas exercícios de alongamento teve diminuição média de 1,40% no hipocampo esquerdo e de 1,43% no direito.
Já os participantes que caminharam por 40 minutos, três vezes por semana, tiveram um aumento de em média 2,12% no volume do hipocampo esquerdo e de 1,97% no direito, além de apresentarem melhoria nas funções de memória e aumento em diversos biomarcadores associados com a saúde cerebral, como no fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF, na sigla em inglês), uma pequena molécula envolvida na memória e na aprendizagem.
Para Arthur Kramer, da Universidade de Illinois e um dos autores da pesquisa, os resultados são bastante interessantes "por indicarem que mesmo pequenas quantidades de exercícios em adultos mais velhos e sedentários podem levar a melhorias substanciais na memória e na saúde cerebral".
Essa não é a primeira pesquisa a associar a prática de atividades físicas à melhoria da capacidade cerebral na velhice. Um estudo apresentado no final de 2010 pela Universidade de Pittsburgh apontou que pessoas que caminhavam no mínimo dez quilômetros por semana tinham metade do risco de sofrer de problemas de memória do que os que não se exercitavam.
Foto: MRBECK
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