domingo, 29 de agosto de 2010

Escócia desenvolve biocombustível a partir de uísque

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Portal EcoD, Atualizado: 28/8/2010 15:00

Escócia desenvolve biocombustível a partir de uísque

Escócia desenvolve biocombustível a partir de uísque

O uísque, bebida típica da Escócia e um dos principais produtos da economia escocesa, tem sido usado para o desenvolvimento de um novo biocombustível, que poderá ser encontrado nos postos em alguns anos.

Ao utilizarem amostras da Glenkinchie Distillery em East Lothian, pesquisadores da Universidade Napier, em Edimburgo, desenvolveram um método de produção de biocombustível a partir de dois subprodutos obtidos no processo de destilação de uísque: o líquido que fica no alambique e resíduos dos grãos utilizados.

Segundo matéria publicada nesta quarta-feira, 18 de agosto, pelo jornal inglês The Guardian, grandes quantidades desses dois subprodutos são obtidas pelo setor a cada ano e, segundo os cientistas, existe um grande potencial para o novo biocombustível, que pode ser usado em carros convencionais, sem necessidade de adaptar os motores, e também em aviões.

A utilização deste novo método produzirá o butanol (superior ao etanol), que fornece 30% a mais de energia. A metodologia foi baseada em um processo usado há cem anos para produção de butanol e acetona por meio da fermentação do açúcar. Ela foi adaptada pela equipe de cientistas, que usou os subprodutos do uísque como ponto de partida.

O professor Martin Tangney, coordenador do projeto, afirmou que o uso dos resíduos produzidos na fabricação do uísque é mais sustentável em termos ambientais do que as plantações destinadas à produção de biocombustível. "O que as pessoas têm de fazer é parar de pensar "ou um ou outro" e parar de pensar no mesmo tipo de alternativa para o petróleo. Coisas diferentes serão necessárias em países diferentes", defendeu o pesquisador.

Foto: tienvijftien (Flickr)

Sapo do tamanho de uma ervilha é descoberto na ilha de Bornéu

Sapo do tamanho de uma ervilha é descoberto na ilha de Bornéu

REUTERS

KUALA LUMPUR (Reuters) - Cientistas descobriram um sapo do tamanho de uma ervilha, o menor já encontrado na Ásia, na África ou na Europa, na ilha de Bornéu, no sudeste asiático.

Os machos adultos da nova micro-espécie variam entre 10,6 e 12,8 milímetros de tamanho e o anfíbio recebeu o nome de Microhyla nepenthicola, em homenagem à planta de Bornéu onde vive o animal, de acordo com a revista de taxonomia Zootaxa.

O pesquisador Indraneil Das, do Instituto de Biodiversidade e Conservação Ambiental na Universiti Malaysia Sarawak, disse que a subespécie havia sido identificada anteriormente de forma errada nos museus.

"Os cientistas devem ter pensado que eram exemplares mais jovens de outras espécies, mas eles são adultos dessa microespécie recém-descoberta", afirmou.

Os sapos foram encontrados na beira de uma estrada que leva ao cume da montanha de Gunung Serapi, no Parque Nacional Kubah, no Estado malaio de Sarawak.

Os cientistas afirmaram que rastrearam os sapos pelo barulho deles, que começava com o pôr-do-sol.

Depois, fizeram os sapos pularem num pedaço de pano branco para estudá-los.

O achado foi parte de uma pesquisa global conduzida pela Conservation International e pelo grupo especialista em anfíbios da União Internacional para a Conservação da Natureza do Grupo Especialista para "redescobrir" 100 espécies de anfíbios perdidos (www.conservation.org/lostfrogs).

(Reportagem de David Chance)

O planeta em uma sacola de plástico

Por causa da comemoração do Dia do Meio Ambiente, vários países tomaram iniciativas para chamar a atenção sobre a preservação do ecossistema(EFE)

EFE

Por causa da comemoração do Dia do Meio Ambiente, vários países tomaram iniciativas para chamar a atenção sobre a preservação do ecossistema

Para a fabricação das milhões de sacolas plásticas utilizadas no planeta é necessário uma imensa quantidade de petróleo. No entanto, alguns países seguem as usando.

Por isso não nos surpreende enxergar flutuando nos mares, perto das margens, as tais sacolas. Seja no campo ou na cidade, elas se acumulam e se movimentam livremente no ar como se fossem cidadãos com direito à residência.
Algumas iniciativas foram tomadas para chamar a atenção sobre a preservação do ecossistema. Em geral foram medidas dirigidas a conscientizar a população da importância que alguns de nossos hábitos têm na deterioração do planeta.

Mas o plástico não é um material biodegradável, por isso as sacolas já foram proibidas em muitos lugares, como em alguns municípios canadenses e em San Francisco (EUA). Elas também devem ser proibidas no estado de Victoria (Austrália) e em Hong Kong. Na cidade asiática, a partir de 2006 começou a se solicitar, de forma voluntária, que as sacolas descartáveis não fossem utilizadas, e esta atitude cidadã possibilitou que se utilizassem 80 milhões a menos de bolsas práticas que no ano anterior.

Outro dos recursos utilizados para conscientizar as pessoas de seu uso é a incorporação de um encargo extra, o que efetivamente deu bons resultados.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Para estudar queimadas, pesquisadores incendeiam 1 milhão de m² de floresta

Experimento acontece há sete anos em fazenda em Querência (MT).
Resultados podem apontar formas de prevenção e recuperação

Dennis Barbosa Do Globo Amazônia, em Querência (MT) - o jornalista viajou a convite de Ipam e WHRC

Cientistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e do Woods Hole Research Center (WHRC), dos EUA, fizeram, na última semana, a queima de 100 hectares (1 milhão de metros quadrados) de floresta numa fazenda de soja em Querência (MT) para estudar o efeito do fogo sobre a mata.
A pesquisa, que acontece há 7 anos, tem a intenção de obter dados detalhados sobre as consequências de sucessivos incêndios na vegetação, quanto emitem de carbono na atmosfera, além de formas para recuperar o que foi destruído.

 

Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia

No experimento, a floresta é incendiada com o equipamento apelidado de "pinga-fogo", que usa querosene como combustível. (Foto: Dennis Barbosa/Globo Amazônia)

A área total do experimento é de 150 hectares de mata de transição entre os biomas Amazônia e cerrado, que foi dividida em três parcelas diferentes. A primeira é queimada anualmente. A segunda, é incendiada a cada 3 anos. A última, permanece intacta para servir de comparação com as outras duas.
Para levar a experiência a cabo, os pesquisadores fizeram o inventário de 10 mil árvores no terreno, para poder registrar o que aconteceu com elas.
De acordo com Paulo Brando, um dos ecólogos que lideram a pesquisa, foi surpreendente notar que a área incendiada a cada 3 anos sofria danos mais severos que aquela queimada todo ano. Ainda assim, ressalta que, em ambos os casos, o ecossistema foi profundamente alterado.

Jennifer Balch, pesquisadora do WHRC, explica que, das dez espécies de árvores dominantes (ou seja, aquelas que se apresentam com mais abundância naquela região), quatro desapareceram por causa das queimadas repetidas.
A fauna local, por sua vez, tem um comportamento diferente. Oswaldo Carvalho Jr., do Ipam, fez um levantamento dos insetos de solo e concluiu que o número de espécies presentes se manteve apesar do fogo. A abundância de animais de cada espécie, no entanto, e a proporção de suas populações mudou, o que representa um desequilíbrio no ecossistema.

Queimadas já consomem mais de um milhão de hectares no Tocantins

No Brasil, os focos de incêndio emitem mais gases do efeito estufa do que toda a atividade industrial e geração de energia - incluindo os derivados de petróleo.

A linha de fogo vai por três quilômetros e avança muito rápido na floresta. O mais impressionante é que esse é só mais um dos focos de incêndios da Ilha do Bananal. A ilha toda tem centenas de focos de incêndio.
Somos os primeiros repórteres a chegar à Ilha do Bananal, no Tocantins, desde que o fogo começou, há uma semana. No horizonte, para onde se olha, se vê fumaça brotando da mata, que abriga o Parque Nacional do Araguaia e duas reservas indígenas.
Na maior ilha fluvial do mundo, do tamanho do estado de Sergipe, as brigadas de incêndio do Prevfogo, do Ibama, lutam contra um inimigo poderoso.
Encontramos as brigadas em uma pausa de apenas dez minutos, para reabastecer a água e as forças.
Acompanhamos duas brigadas de prevenção a incêndio até aquela linha de fogo mais alta. Está a mais ou menos um quilômetro de distância ainda, mas a fumaça já está ficando insuportável. É muito forte, principalmente nos olhos.
“É muito fácil as pessoas se perderem aqui por causa da fumaça e por causa da densidade da floresta mesmo. Por isso, de vez em quando eles fazem essa chamada”
Sem diminuir o ritmo, eles vão cortando a linha de fogo. É uma estratégia simples, mas extremamente eficiente. A água só serve para esfriar um pouco o ambiente. O que apaga o fogo são os abafadores de borracha.
É hoje a área mais crítica do país. O estado do Tocantins já tem quatro vezes mais queimadas do que no ano passado. Há poucos dias, as labaredas avançavam sobre o Parque Nacional do Lajeado, ao lado da capital, Palmas. Em cima da serra, parecia um vulcão.
O fogo foi controlado. Volta e meia um novo foco aparece. Uma brigada continua acampada no mato, para evitar que um novo incêndio consuma a outra metade que restou do parque.
“Quando dá uma reignição, a gente aciona dois, três, quatro para ir lá, e fazer um rescaldo bem rápido, a gente sabe que aquele fogo e está controlado”, explica o coordenador do Prevfogo Marcelo Santana.
Novas brigadas estão indo para a Ilha do Bananal, e o Ibama treina soldados do exército, que amanhã já estarão na linha de fogo.
Essa luta tem sido travada em muitos fronts. Em Marcelândia, Mato Grosso, a população foge do fogo que começou nas serrarias, e se alastrou pela cidade. Em Minas Gerais, no Pico do Gavião, os donos da casa também estão sobre cinzas. No Parque Nacional das Emas, Goiás, 60% da área foi queimada. Alguns dos habitantes fugiram, outros sucumbiram. Muitos, ainda parecem perdidos numa paisagem que agora só tem cor, se os bichos emprestarem.
Na Amazônia, na imensa área que vai do Pará até Rondônia, o chamado arco de fogo arde sem encontrar resistência. Uma equipe do Greenpeace sobrevoou essa fronteira onde a pecuária avança sobre a floresta: “Tem até boi. Ali mesmo a gente está identificando mais boi, no meio do fogo, praticamente”.
A nuvem que dificulta o voo dos ambientalistas chega até Manaus, a centenas de quilômetros de distância. A Porto Velho, também longe da linha de fogo e pode ser vista do espaço.
As imagens de satélite mostram como ela chega à atmosfera, e espalha gases tóxicos em uma área que sai da Amazônia, bate na Cordilheira dos Andes, e chega ao Sul do Brasil. O principal componente é o monóxido de carbono - o mesmo que provoca morte por asfixia em acidentes com aquecedores a gás. É veneno no ar.
“Nessas regiões, em função dessa quantidade enorme de gases tóxicos e material particulado emitido, a qualidade do ar está ficando, em muitas situações, muito pior do que da cidade de São Paulo”, diz o pesquisador do INPE, Saulo Freitas.
Outra imagem mostra como, no Brasil, as queimadas emitem mais gases do efeito estufa do que toda a atividade industrial e geração de energia - incluindo os derivados de petróleo. E a floresta já pode estar sentindo as consequências.
“Hoje a umidade relativa do ar está em menos de 15% no sul do Amazonas e no norte do Mato Grosso – 15% de floresta tropical úmida, enquanto em São Paulo e Minas Gerais está entre 20 e 25% - o que é absolutamente assustador”, afirma o coordenador do Greenpeace Paulo Adário.
Em 20 dias do mês, as queimadas já são dobro de todo o mês de agosto, no ano passado.
“Com certeza isso é criminoso. Ainda não conseguimos visualizar, dar esse flagrante, mas existem pessoas colocando fogo, realmente”, disse o coordenador do Prevfogo, Flávio Viana.
As evidências são claras: o fogo sempre começa nos pastos, ou seguindo traçado das estradas.
O que o fogo deixa para trás é uma paisagem desolada: cinza e destruição até onde a vista alcança. Só no Parque Nacional do Araguaia já foram destruídos 250 mil hectares. Quase um milhão de hectares em toda a Ilha do Bananal.
A temporada de incêndio ainda tem dois meses pela frente. A primeira chuva não é esperada até novembro, e os rios Javaés e Araguaia estão muito baixos.
Outra grande queimada. Agora, no coração da ilha, na mata de transição onde acaba o cerrado e começa a Floresta Amazônica.
É o pedaço conhecido como a Mata do Mamão. A Mata do Mamão não só concentra a maior biodiversidade da Ilha do Bananal, como também é a sede de uma lenda dos índios javaés. Essa lenda nunca foi confirmada pela Funai. Mas eles acreditam que dentro dessa mata mais fechada, viva uma tribo que nunca foi contatada pelos homens brancos e que são arredios até com os outros índios. São os caras-pretas.
As brigadas ainda estão vindo para cá por terra. Mas o combate aéreo começa. O helicóptero carrega uma espécie de balde, com mil litros de água. Faz a mira e lança. O bombardeio é reforçado pelos aviões, que fazem cair sobre as árvores uma chuva que nesta época, a natureza não traz.
A água resfria o ambiente. Os brigadistas entram para apagar o fogo de vez.
Já são 12 horas de trabalho. Está escuro quando consigo conversar com eles. Descubro três mulheres no pelotão de valentes.
“Nós estamos sempre lá. Carregamos a bomba, estamos sempre na linha deles. Eles também não ficam de preconceito. Nós queremos, e nós vamos. Eles sempre nos dão oportunidade”, diz a brigadista Ricardina Costa.
Como a área não foi reconhecida, hoje não tem trabalho à noite. Mas isso não anima.
“O pior é não conseguir realizar a tarefa. É ver a natureza sendo queimada e se sentir impotente. Sabemos que cada minuto perdido é mais uma parte da natureza que está sendo queimada. Viramos papa-fogo. Vamos e tentamos combater o máximo possível, às vezes, tirando força nem sabe de onde. Mas quando vemos esse trabalho feito, ficamos satisfeitos. Vale a pena”, diz o brigadista Alessandro Pereira.

domingo, 22 de agosto de 2010

Seres mais antigos do planeta

Fotógrafa registra seres mais antigos do planeta




Do Deserto do Atacama, no Chile, ao Japão e Groenlândia, passando por paisagens submarinas na ilha de Tobago, a fotógrafa americana Rachel Sussman roda o mundo desde 2004 atrás de seres e organismos que, segundo ela, são os mais antigos do planeta.
O projeto começou com uma viagem de Sussman para registrar uma árvore que teria cerca de 2,2 mil anos, na ilha de Yokushima, no Japão. A partir daí, ela teve a ideia de catalogar espécies por sua longevidade.
"Os seres vivos mais antigos do mundo" (The Oldest Living Things, no título original) se transformou em uma exposição itinerante que também gira o mundo.
Sussman estabeleceu dois critérios para a escolha dos seres a serem fotografados: idade igual ou superior a 2 mil anos e vida ininterrupta durante este período.
O que começou como uma curiosidade da fotógrafa acabou virando um trabalho sério, com cientistas contactando-a para dar dicas sobre seres milenares.
Foi assim que ela chegou até a Llareta, no deserto de Atacama, uma espécie aparentada da salsinha que parece um tumor ou uma pedra verde brotando do solo.
Em uma viagem à Namíbia, Sussman clicou a planta welwitschia, uma espécie de árvore que só dá duas folhas e teria mais de 2 mil anos.
Exposta às violentas tempestades de areia do deserto, essas folhas são cortadas e acabam parecendo um emaranhado de fitas verdes.
O projeto levou Sussman ao Instituto Niels Bohr, em Copenhague, na Dinamarca, onde ela fotografou um grupo de actinobactérias que teria nada menos que meio milhão de anos e foi encontrado no solo congelado da Sibéria.


A fotógrafa americana Rachel Sussman roda o mundo desde 2004 atrás de seres e organismos que, segundo ela, são os mais antigos do planeta, como a llareta, uma espécie aparentada da salsinha encontrada no deserto do Atacama.






 
Em uma viagem à Namíbia, Sussman clicou a Welwitschia mirabilis, uma espécie que só tem duas folhas. Expostas a tempestades de areia, elas acabam parecendo um emaranhado de fitas verdes.




 
Este exemplar de baobá foi fotografado por Sussman durante uma viagem à África do Sul e teria mais de 2 mil anos, o que faz dele um dos mais 'jovens' da coleção de fotografias da americana.




 
Estes pinheiros bristlecone crescem nas montanhas da Califórnia, e acredita-se que tenham até 5 mil anos de idade. Apesar da longevidade, a espécie não cresce muito, devido às duras condições em que se desenvolve.




 
Para fotografar este coral cérebro, na costa da ilha de Tobago, próximo a Speyside, a fotógrafa teve que superar o medo do mar aberto e aprender a mergulhar. Acredita-se que ele tenha mais de 2 mil anos.




 
O projeto levou Sussman ao Instituto Niels Bohr, em Copenhague, na Dinamarca, onde ela fotografou um grupo de actinobactérias que teria nada menos que 500 mil anos e foi encontrado no solo congelado da Sibéria.




 
Este líquen r. geographicum teria mais de 3 mil anos e foi fotografado em Alanngorsuaq, na Groenlândia. A viagem foi uma dica de cientistas que trabalhavam no local.

Zero Emissions Race: Corrida vai dar a volta ao mundo em carros elétricos

Portal EcoD, Atualizado: 20/8/2010 15:00


Quatro veículos, 80 dias e 30 mil quilômetros de percurso que deverá ser percorrido sem lançar nenhuma grama de CO2 na atmosfera. Parece impossível, mas já está acontecendo. Um desafio fez com que quatro equipes diferentes aceitassem dar a volta ao mundo em veículos elétricos.
A corrida Zero Emissions Race começou no dia 15 de agosto, e irá passar por Berlim, Kiev, Moscou, Xangai, Los Angeles, Cidade do México, Lisboa e outras 150 cidades. A largada foi em Genebra, mesmo local da chegada.
Durante a viagem os pilotos e engenheiros das equipes irão promover coletivas de imprensa e eventos de conscientização sobre o meio ambiente. Em novembro, os participantes marcarão presença na conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que acontecerá na Cidade do México.


- Equipes


Quatro equipes de países diferentes, Suíça, Coreia do Sul, Austrália e Alemanha, aceitaram o desafio e vão competir entre si. Cada uma desenvolveu um carro elétrico diferente e será responsável por gerar a mesma quantidade de energia elétrica consumida pelo veículo no seu próprio país usando apenas fontes renováveis, como energia solar, vento, ondas ou geotérmica.
O carro sul-coreano, por exemplo, vai consumir 84,7 watts-hora por quilômetro. Para todo o percurso de 30 mil quilômetros, a equipe terá de gerar 2,54 megawatts-hora - que será produzido por painéis solares na região de Geon-nam, na Coreia do Sul. Em cada uma das paradas os carros serão abastecidos com energia elétrica necessário para o próximo trecho.


Os veículos devem atender aos seguintes critérios:
- ser movidos a um motor elétrico;
- dirigir ao menos 250km de distância a uma velocidade média de 80 km/h ou mais;
- ser capaz de alcançar uma distância máxima de 500 km ao dia, com uma parada para recarga de quatro horas no almoço;
- carregar ao menos dois passageiros.

Como a competição Zero Race é sobre transporte sustentável e mobilidade, os participantes serão julgados além da ordem de cruzamento da linha de chegada.
Alguns dos critérios são:
- credibilidade: baseada na performance do carro, o número de quebras e reparos necessários durante a corrida;
- potência e velocidade: baseado na aceleração e capacidade para terminar a corrida;
- eficiência energética: baseado em análise de fabricantes e especialistas;
- popularidade do carro: baseada na opinião do público;
- segurança: baseada nas avaliações de engenheiros;
- design: baseada em pesquisas com espectadores e o público durante a corrida.
Corrida por um mundo melhor

O evento foi idealizado pelo ambientalista e aventureiro suíço Louis Palmer, que em 2008 deu a volta ao mundo em um carro movido a energia solar. No projeto, batizado de SolarCar, Palmer percorreu 54 mil quilômetros durante 18 meses.
"Nós queremos mostrar que mobilidade elétrica e energias renováveis são uma solução para se ter uma vida ecologicamente equilibrada neste planeta", afirmou Palmer.
Foto: Divulgação

sábado, 21 de agosto de 2010

BP nega ter omitido dado sobre explosão

"Plataforma Deepwater Horizon"
A petroleira BP, que operava a plataforma que explodiu no Golfo do México em abril, provocando um vazamento de óleo no mar, está sendo acusada de omitir informações importantes na investigação do incidente.
A Transocean, empresa que é dona da plataforma de petróleo, afirma que a BP está se recusando a entregar dados necessários para se descobrir o motivo da explosão.
A afirmação foi feita em uma carta entregue por um dos advogados da Transocean a integrantes do governo norte-americano.
Na quinta-feira, através da sua porta-voz, a BP negou as acusações, afirmando que a carta contém "afirmações mal-informadas e tendenciosas".






Troca de acusações




Mesmo assim, a acusação pode colocar ainda mais pressão sob a BP, que está sob escrutínio público desde o começo do desastre, no dia 20 de abril.
A explosão matou 11 trabalhadores e provocou o maior vazamento de petróleo da história dos Estados Unidos.
"A BP continua demonstrando sua relutância, ou até mesmo negativa, em entregar as informações mais básicas à Transocean", acusa o advogado da Transocean, Steven L. Roberts, na carta.
"Isto é perturbador, diante do compromisso da BP com transparência e correção da investigação, e porque parece que a BP está segurando informações para evitar que qualquer outra entidade além da BP investigue o caso."
A porta-voz da BP afirma que a empresa se mantém "determinada" no compromisso de descobrir o motivo da explosão da plataforma.
"Nós estamos decepcionados que a Transocean tenha optado por escrever uma carta com tantas afirmações mal-informadas e tendenciosas, incluindo a afirmação de que a BP está 'retendo indícios' sobre a explosão e o vazamento", afirma a porta-voz da BP, Elizabeth Ashford.
"Nós estamos na dianteira da cooperação com várias investigações exigidas pelo governo dos Estados Unidos e outros sobre as causas da tragédia do Deepwater Horizon."
A Transocean é alvo de 249 processos por danos pelo desastre. A empresa pediu em um tribunal que seu prejuízo seja limitado a US$ 27 milhões, já que ela alega não ser responsável pelo vazamento.
Um estudo científico confirmou que resíduos tóxicos do óleo ainda estão presentes no mar.
O levantamento do instituto Woods Hole Oceanographic Institute, feito em junho, afirma que há uma mancha de 200 metros de altura e dois quilômetros de extensão a 35 quilômetros do local onde ocorreu o vazamento.
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Irã fornece combustível a usina nuclear e mantém enriquecimento a 20%

Teerã, 21 ago (EFE).- O Irã começou neste sábado a fornecer combustível nuclear à usina construída em Bushehr, no sul do país, em meio a uma crise com a comunidade internacional originada pelo projeto iraniano de enriquecer urânio a 20%.

Durante a cerimônia oficial que realizava a introdução do combustível nuclear em Bushehr, o vice-presidente do Irã e diretor do Organismo de Energia Atômica do país, Ali Akbar Salehi, afirmou que o Irã seguirá com o enriquecimento de urânio ao nível de 20%.
"Continuaremos com o enriquecimento de urânio a 20% enquanto precisarmos", disse Salehi durante entrevista coletiva conjunta com o diretor da empresa russa Rosatom, Serguei Kirienko, transmitida ao vivo de Bushehr.
O vice-presidente iraniano acrescentou que o Irã não cogita transformar todo seu urânio enriquecido a 3,5% em urânio enriquecido a 20%, no entanto, fez insistência no que considerou "o direito do Irã de enriquecer o urânio".
"Segundo o artigo 4 do Tratado de Não-Proliferação (TNP) e as normativas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o enriquecimento de urânio é um direito nosso do qual faremos aproveito", disse.
Salehi disse, por outro lado, que o Irã possivelmente construirá uma nova usina de enriquecimento de urânio no próximo ano iraniano, que começa em 21 de março.
"Se o presidente iraniano ordenar, começaremos a construção de uma nova central de enriquecimento de urânio", disse Salehi, quem havia informado recentemente sobre a localização dos locais para a construção de dez novas usinas de enriquecimento de urânio.
O projeto da construção da central de Bushehr, localizada às margens do Golfo Pérsico, começou durante o reinado do xá Mohammad Reza Pahlavi.
A companhia alemã Siemens começou as obras em 1974, mas teve de suspender o projeto após a Revolução Islâmica de 1979, que derrubou o xá do poder.
A corporação russa AtomStroyExport retomou a construção após assinar um contrato com o Irã em fevereiro de 1998, mas posteriormente o projeto se viu afetado por inúmeros atrasos, devido às suspeitas da comunidade internacional de que o programa nuclear iraniano teria fins militares.
A República Islâmica mantém uma disputa com a comunidade internacional ao se negar a suspender sua atividade de enriquecimento de urânio.
Países ocidentais, sobretudo Israel e Estados Unidos, veem com suspeita o programa nuclear iraniano e temem que ele encubra a produção de armas nucleares, o que é negado por Teerã.
As autoridades iranianas apresentaram em 2009 um pedido à AIEA para a aquisição de combustível nuclear ao reator de Teerã, para a produção de isótopos radioativos, usados em tratamento médico de combate ao câncer.
A AIEA aceitou o pedido e propôs a troca de 1,2 mil quilos de urânio enriquecido a 3,5% por 120 quilos de combustível a 20%, um processo que implicaria Rússia, França, Estados Unidos e AIEA, que formam o chamado Grupo de Viena.
Essa fórmula, que em princípio foi aceita pelo negociador nuclear iraniano em Viena, foi rejeitada mais tarde pelo Governo de Teerã, que se negava a entregar todo seu urânio e alegava também a falta de garantias sobre a entrega de combustível ao Irã.
Em maio passado, o Irã aceitou a proposta, num acordo fechado em Teerã com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.
Segundo este acordo, o Irã enviaria 1,2 mil quilos de urânio à Turquia para receber, no prazo de um ano, 120 quilos do material enriquecido a 20% para seu reator em Teerã.

O acordo foi rejeitado pelo grupo de Viena, que afirmava que as reservas de urânio enriquecido no Irã já somam mais de 1,2 mil quilos.

Irã fornece combustível a usina nuclear e mantém enriquecimento a 20%

Teerã, 21 ago (EFE).- O Irã começou neste sábado a fornecer combustível nuclear à usina construída em Bushehr, no sul do país, em meio a uma crise com a comunidade internacional originada pelo projeto iraniano de enriquecer urânio a 20%.Durante a cerimônia oficial que realizava a introdução do combustível nuclear em Bushehr, o vice-presidente do Irã e diretor do Organismo de Energia Atômica do país, Ali Akbar Salehi, afirmou que o Irã seguirá com o enriquecimento de urânio ao nível de 20%.
"Continuaremos com o enriquecimento de urânio a 20% enquanto precisarmos", disse Salehi durante entrevista coletiva conjunta com o diretor da empresa russa Rosatom, Serguei Kirienko, transmitida ao vivo de Bushehr.O vice-presidente iraniano acrescentou que o Irã não cogita transformar todo seu urânio enriquecido a 3,5% em urânio enriquecido a 20%, no entanto, fez insistência no que considerou "o direito do Irã de enriquecer o urânio".
"Segundo o artigo 4 do Tratado de Não-Proliferação (TNP) e as normativas da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), o enriquecimento de urânio é um direito nosso do qual faremos aproveito", disse.
Salehi disse, por outro lado, que o Irã possivelmente construirá uma nova usina de enriquecimento de urânio no próximo ano iraniano, que começa em 21 de março.
"Se o presidente iraniano ordenar, começaremos a construção de uma nova central de enriquecimento de urânio", disse Salehi, quem havia informado recentemente sobre a localização dos locais para a construção de dez novas usinas de enriquecimento de urânio.
O projeto da construção da central de Bushehr, localizada às margens do Golfo Pérsico, começou durante o reinado do xá Mohammad Reza Pahlavi.A companhia alemã Siemens começou as obras em 1974, mas teve de suspender o projeto após a Revolução Islâmica de 1979, que derrubou o xá do poder.A corporação russa AtomStroyExport retomou a construção após assinar um contrato com o Irã em fevereiro de 1998, mas posteriormente o projeto se viu afetado por inúmeros atrasos, devido às suspeitas da comunidade internacional de que o programa nuclear iraniano teria fins militares.


A República Islâmica mantém uma disputa com a comunidade internacional ao se negar a suspender sua atividade de enriquecimento de urânio.Países ocidentais, sobretudo Israel e Estados Unidos, veem com suspeita o programa nuclear iraniano e temem que ele encubra a produção de armas nucleares, o que é negado por Teerã.As autoridades iranianas apresentaram em 2009 um pedido à AIEA para a aquisição de combustível nuclear ao reator de Teerã, para a produção de isótopos radioativos, usados em tratamento médico de combate ao câncer.


A AIEA aceitou o pedido e propôs a troca de 1,2 mil quilos de urânio enriquecido a 3,5% por 120 quilos de combustível a 20%, um processo que implicaria Rússia, França, Estados Unidos e AIEA, que formam o chamado Grupo de Viena.Essa fórmula, que em princípio foi aceita pelo negociador nuclear iraniano em Viena, foi rejeitada mais tarde pelo Governo de Teerã, que se negava a entregar todo seu urânio e alegava também a falta de garantias sobre a entrega de combustível ao Irã.Em maio passado, o Irã aceitou a proposta, num acordo fechado em Teerã com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan.Segundo este acordo, o Irã enviaria 1,2 mil quilos de urânio à Turquia para receber, no prazo de um ano, 120 quilos do material enriquecido a 20% para seu reator em Teerã.O acordo foi rejeitado pelo grupo de Viena, que afirmava que as reservas de urânio enriquecido no Irã já somam mais de 1,2 mil quilos.