sábado, 21 de agosto de 2010

BP nega ter omitido dado sobre explosão

"Plataforma Deepwater Horizon"
A petroleira BP, que operava a plataforma que explodiu no Golfo do México em abril, provocando um vazamento de óleo no mar, está sendo acusada de omitir informações importantes na investigação do incidente.
A Transocean, empresa que é dona da plataforma de petróleo, afirma que a BP está se recusando a entregar dados necessários para se descobrir o motivo da explosão.
A afirmação foi feita em uma carta entregue por um dos advogados da Transocean a integrantes do governo norte-americano.
Na quinta-feira, através da sua porta-voz, a BP negou as acusações, afirmando que a carta contém "afirmações mal-informadas e tendenciosas".






Troca de acusações




Mesmo assim, a acusação pode colocar ainda mais pressão sob a BP, que está sob escrutínio público desde o começo do desastre, no dia 20 de abril.
A explosão matou 11 trabalhadores e provocou o maior vazamento de petróleo da história dos Estados Unidos.
"A BP continua demonstrando sua relutância, ou até mesmo negativa, em entregar as informações mais básicas à Transocean", acusa o advogado da Transocean, Steven L. Roberts, na carta.
"Isto é perturbador, diante do compromisso da BP com transparência e correção da investigação, e porque parece que a BP está segurando informações para evitar que qualquer outra entidade além da BP investigue o caso."
A porta-voz da BP afirma que a empresa se mantém "determinada" no compromisso de descobrir o motivo da explosão da plataforma.
"Nós estamos decepcionados que a Transocean tenha optado por escrever uma carta com tantas afirmações mal-informadas e tendenciosas, incluindo a afirmação de que a BP está 'retendo indícios' sobre a explosão e o vazamento", afirma a porta-voz da BP, Elizabeth Ashford.
"Nós estamos na dianteira da cooperação com várias investigações exigidas pelo governo dos Estados Unidos e outros sobre as causas da tragédia do Deepwater Horizon."
A Transocean é alvo de 249 processos por danos pelo desastre. A empresa pediu em um tribunal que seu prejuízo seja limitado a US$ 27 milhões, já que ela alega não ser responsável pelo vazamento.
Um estudo científico confirmou que resíduos tóxicos do óleo ainda estão presentes no mar.
O levantamento do instituto Woods Hole Oceanographic Institute, feito em junho, afirma que há uma mancha de 200 metros de altura e dois quilômetros de extensão a 35 quilômetros do local onde ocorreu o vazamento.
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