Greenpeace quer que país acabe com o desmatamento até 2015
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva descartou nesta terça-feira (6) que o Brasil adote uma meta de acabar definitivamente com o desmatamento no país. Ele disse que isso não poderia ser feito “nem que o Brasil fosse careca”.
As declarações foram feitas em Estocolmo (Suécia), ao fim da reunião de cúpula Brasil-União Europeia (UE), que teve a questão climática entre os destaques. A reunião ocorre a dois meses da conferência de Copenhague (Dinamarca), em que os países devem chegar a um acordo sobre o clima.
– Eu acho que nem que o Brasil fosse careca poderia assumir o desmatamento zero, porque sempre vai ter alguém que vai cortar alguma coisa.
Lula afirmou que o país “está fazendo algo muito revolucionário e muito forte” com relação a esse assunto. O Brasil adotou a meta de reduzir o desmatamento em 70% até 2017 e em 80% até 2020, objetivo que vai exigir um “esforço incomensurável da sociedade brasileira”.
Hoje, a organização ambientalista Greenpeace fez um protesto em Estocolmo, para exigir que o país adote um compromisso mais ambicioso para a destruição das florestas – a ideia é ter desmatamento zero até 2015.
Mas o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, considera que a meta brasileira é, sim, “é bastante ambiciosa”.
– Em teoria sempre é possível mais ambição, na Europa podemos ter mais ambição. Estamos sugerindo que outros países, notadamente países da zona tropica, países que têm grandes zonas de floresta, que possam adotar um esforço comparável ao que o Brasil se comprometeu.
O próximo capítulo dessa batalha está marcado para dezembro em Copenhague, quando os países vão discutir a adoção de um acordo para o corte de emissões de CO2 (dióxido de carbono), que é emitido pela queima do carvão (usado para gerar energia nas fábricas, por exemplo) e dos combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel, além de outros processos, e também pelo desmatamento.
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