O lixo e o vaso sanitário podem se transformar, em breve, em um destino obsoleto para as farmacinhas domésticas em mais um estado brasileiro, a Bahia, juntando-se assim a outros nove estados que já possuem a coleta de medicamentos. O projeto, previsto para começar na próxima segunda-feira, 17 de dezembro, ainda será um piloto com tempo limitado de duração: apenas seis meses.
O lixo e o vaso sanitário podem se transformar, em breve, em um destino obsoleto para as 'farmacinhas' domésticas em mais um estado brasileiro, a Bahia, juntando-se assim a outros nove estados que já possuem a coleta de medicamentos. O projeto, previsto para começar na segunda-feira, 17 de dezembro, ainda será um piloto com tempo limitado de duração: apenas seis meses.
De início serão dez pontos de descarte de medicamentos em desuso, vencidos ou restantes, na capital baiana. No entanto, no começo de 2013, a coleta amostral deverá atingir também as cidades baianas de Feira de Santana, Camaçari e Itabuna. Os rejeitos dos medicamentos coletados serão destinados à incineração.
A coleta faz parte dos estudos de viabilidade técnica, econômica e avaliação dos impactos sociais para a implantação da logística reversa de medicamentos no estado, que subsidiará o acordo setorial realizado pela Anvisa. A ideia é que, durante este período, sejam coletados a maior quantidade possível desses resíduos para embasar a urgência da implantação.
Ao ser descartado no lixo comum, o remédio vencido é enviado a aterros sanitários ou lixões e, além de correr o risco de ser consumido por crianças ou adultos catadores de recicláveis, o produto se transforma no chorume, que penetra no solo e contamina os lençóis freáticos.
Já quando o medicamento é jogado no vaso sanitário, este se transforma em uma mancha tóxica que atinge a rede de esgoto e, através do tratamento para virar água potável, volta ao consumo humano ou é jogado no mar, onde causa a feminilização dos peixes.
Assim, a melhor forma de se livrar daquele remédio vencido ou que não vai mais ser utilizado é levando-os ao posto de coleta mais próximo. Caso sua cidade não possua um, o ideal é encontrar uma farmácia ou uma unidade de saúde que aceite os remédios, para descartá-lo adequadamente junto ao lixo hospital – que vai para aterros especiais.
Adesão
De acordo com o farmacêutico Otacílio Couto, responsável pelo centro de informações do Conselho Regional de Farmácia (CRF-BA), a expectativa é que a amostra dê pistas de quanto medicamento é descartado pela população baiana. Quando descartado domesticamente, cada quilo do resíduo vai parar nos cursos d’água e contamina aproxima 450 mil litros de água.
A campanha, que contará com o apoio de farmacêuticos treinados para auxiliar os consumidores sobre o manuseio na estação coletora, é iniciativa do Grupo Técnico da Bahia (GTM/Bahia), que coleta dados para firmar um acordo setorial junto a Anvisa. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em vigor desde 2010, prevê a implantação e operacionalização dos sistemas de logística reversa para a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento ou destinação final adequada.
Farmácias coletoras em Salvador:
Farmácias Santana (do Shopping Iguatemi e Shopping Litoral Norte)
Farmácia de Manipulação Erva Doce (pituba)
Farmácias Wal Mart (Hiperbompreço Iguatemi e Hiperbompreço Cabula)
Farmácias Pague Menos (Itapoan e Brotas)
Farmácias Popular (São Caetano e Ribeira)
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