O secretário-geral da Eco-92, o canadense Maurice Storng, afirmou que o relatório final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) gerou resultados tão decepcionantes e fracos que os mesmos poderiam ter sido impressos "em papel higiênico". A crítica foi direcionada aos governantes presentes no Rio de Janeiro. Já a sociedade civil organizada foi elogiada.
"A parte oficial dos governos [na Rio+20] foi muito fraca, decepcionante. Por outro lado, a sociedade civil foi muito útil, com cerca de 50 mil pessoas presentes. Mas, para deixar as coisas claras, eu acho que o relatório final podia até ser impresso em papel higiênico", frisou em entrevista após palestra no Conselho Empresarial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Associação Comercial do Rio de Janeiro, na quinta-feira, 29 de novembro.
Strong analisou que, além de estarem preocupados com suas crises internas, os governantes voltaram atrás em pontos que já haviam sido definidos em reuniões preparatórias. "Infelizmente, em alguns momentos, a Rio+20 não esteve nem perto de ser discutida da maneira como ocorreu em 1992".
O canadense, que pretende se esforçar para que Brasil e China realizem parcerias sustentáveis, parabenizou os brasileiros pelos esforços contra as mudanças climáticas e citou o Rio de Janeiro como uma capital mundial do meio ambiente e da sustentabilidade.
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